Blog do Ronaldo

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Sentimentos...

Tem dias em que nos sentimos derrotados. Faltam forças para o trabalho, para sorrir a um amigo ou mesmo para levantar os olhos para o Céu. Os motivos podem ser os mais variados. Desde alguém que nos fez mal até uma palavra lida fora de hora, num lugar qualquer.

Quando isso nos ocorre o mais difícil é ter fé que alguém olha por nós. É difícil sentir que temos valor e que somos amados.

São nessas ocasiões que temos que buscar forças onde elas parecem não existir para "virarmos a mesa" e prosseguirmos. Devemos crer que Deus não nos quer derrotados. Não é fácil. Mas a falta de confiança é tudo que o inimigo deseja preservar em nosso coração.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Vaidade na infância e juventude...

O Fato Pensado de hoje quer tratar da vaidade na infância e na juventude. Trata-se de algo tão presente na sociedade contemporânea que, por vezes, não nos damos conta de que temos um problema a enfrentar.

Salto alto, maquiagem, visitas ao cabeleireiro, tratamento estético, ginástica, musculação... Enfim, esses comportamentos e atividades físicas voltados à promoção da beleza já não estão restritos aos jovens e adultos.

Crianças, cada vez mais cedo, são atraídas para esse universo. A indústria da moda e o mercado de cosméticos já perceberam que nossos filhos são potenciais consumidores. Para se ter uma idéia, o mercado brasileiro de cosméticos é o segundo maior do mundo. São 50 milhões de consumidores. Essa indústria teve um crescimento de 13,3% no faturamento nos últimos cinco anos. Não é pouca coisa.

Mas o que certos pais acham bonitinho esconde uma série de problemas. O principal deles é a antecipação da fase adulta. Nossas crianças adotam um visual de adolescentes ainda na infância. E na adolescência, comportam-se como jovens e adultos. Acontece que atropelar as fases naturais da vida tem um preço. Nossos filhos se tornam adultos tendo já experimentado tudo que a maturidade poderia proporcionar.

O sexo é uma dessas experiências antecipadas. A vaidade, que se revela no uso de determinadas roupas, calçados, cuidados com o cabelo, maquiagem etc etc, geralmente tem como objetivo a exposição do corpo. Essa exposição não visa proporcionar prazer apenas à pessoa. A vaidade evidencia uma preocupação com o olhar do outro; a necessidade de chamar atenção para si, de ser admirado. Logo, a vaidade caminha com a valorização da sensualidade. E colocar-se sensualmente leva ao sexo precoce.

Não quero aqui fazer um discurso moralista. Entretanto, crianças vaidosas geralmente têm a primeira experiência sexual muito antes do que seria desejável. Crianças vaidosas tendem, na adolescência, a desejar fazer cirurgias plásticas – desde a colocação de silicone nos seios até a realização de lipoaspiração ou mesmo a retirada de costelas para garantir uma cintura mais fina.

De quem é o dever de impedir esses problemas todos? Resposta obvia. São os pais os responsáveis por evitar que as fases da vida sejam atropeladas. Não é fácil. Afinal, é grande o apelo da indústria da moda, do mercado de cosméticos. A mídia, por sua vez, ajuda a aumentar o estrago. Valoriza o culto ao corpo, à beleza e os pais sentem-se acuados. E os próprios pais, muitas vezes, projetam um ideal de perfeição nos filhos e incentivam a vaidade. Mas não é aconselhável ser tolerante com a vaidade na infância. As conseqüências, como dissemos, aparecem na adolescência e na fase adulta. Os pais devem ser firmes. Devem resistir a pressão e preservar a inocência das crianças. Dá trabalho. Mas vale a pena.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

O papel dos pais...

A edição desta semana da revista Veja traz um título instigante “Eles é que mandam”. A reportagem tenta apresentar “como pensam e se comportam os adolescentes de hoje”.

Os dados apresentados pela Veja são interessantes. Depois de ouvir mais de 500 adolescentes e jovens com idade entre 13 e 19 anos, a reportagem concluiu que eles vivem intensamente a revolução digital pela qual passa a sociedade. Mas também apontou que nossos adolescentes e jovens estão totalmente desorientados.

A pesquisa observou que 64% dos entrevistados têm como principal meta da vida ganhar dinheiro. Querem ficar ricos. São filhos da era digital e procuram possuir todas as novidades tecnológicas disponíveis. Mas, como o meio tecnológico permite tudo, menos uma experiência concreta de vida, os adolescentes e jovens são extremamente superficiais. E isso eles reproduzem nos relacionamentos. Trocam de opinião, amizades e namorado ou namorada com a mesma facilidade com que trocam de roupa.

Ah... e além de querer ganhar dinheiro, não sabem mais o que querem. Uma profissão, por exemplo, só interessa se garantir boa vida, alta remuneração.

Porém, outros dados chamam atenção. A primeira relação sexual tem acontecido, em média, por volta dos 14 anos. Entre 12 e 14 anos, 35% dos adolescentes já consumiram ou consomem bebidas alcoólicas. Quando pesquisados garotos e garotas de 15 e 16 anos, esse índice sobe para 56%.

Mas a reportagem da Veja não para por aí. Ela trata dos conflitos familiares. Também mostra que, em casa, os pais não sabem lidar com os filhos. Se adolescentes e jovens estão desorientados, os pais têm parcela significativa de responsabilidade. Tudo porque em algum momento eles deixaram de dizer não.

Sabe, caro amigo, os filhos de hoje mandam nos pais. Mandam, porque os pais deixam. Não saber estabelecer limites. Os pais entendem que a missão deles é dar amor, carinho, prover escola, roupas, calçados, alimentos, mas se esquecem do principal, a educação. E educação para a vida não se aprende na escola. Escola é um lugar que auxilia na formação do cidadão. Mas quem dá o norte, quem direciona a criança para a vida são os pais.

E aqui um detalhe fundamental, os pais devem dialogar com os filhos. Amar profundamente os filhos. As crianças precisam saber que são amadas. Mas pai e mãe não são amigos dos filhos. Pai e mãe são pais. Esta é a função. Tem de dar afeto, mas devem manter a autoridade sobre os filhos.

Quando essa lógica se inverte, como tem acontecido em muitos lares, os adolescentes e jovens ficam perdidos. Eles parecem ter tudo o que querem, mas ficam, como diz a reportagem da Veja, desorientados, sem rumo e sem saber o que querem da vida.

Cem textos publicados...

O Fato Pensado chegou aos 100 textos publicados. É uma conquista e tanto. Embora a tarefa de escrever seja prazerosa, também exige tempo, reflexão e cuidado. Ou seja, não é fácil. Por isso, só tenho a agradecer a Deus pela luz que nos concede. E continuar pedindo sabedoria para não falar bobagem. Pelo contrário, ter a chance de ajudar pessoas a viverem melhor.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

A escolha do parceiro...

Um dos mais badalados psicólogos do país, Flávio Gikovate, acaba de publicar um novo livro. A obra ganhou o título de “Uma nova visão do amor”. Nela, Gikovate polemiza ao declarar que só vai ser feliz no amor quem abandonar seu ideal romântico.

Deixa eu explicar melhor a tese do psicólogo… Ele entende que a fantasia de um relacionamento cheio de romantismo, paixão é um dos principais entraves para o estabelecimento de um vínculo amoroso estável.

Na opinião de Flávio Gikovate, a idealização do parceiro e principalmente do relacionamento causa nas pessoas uma frustração imensa quando se deparam com a realidade do casamento. Por isso, ele sugere que a escolha do parceiro seja feita com uma boa dose de racionalidade.

Particularmente, embora discorde de alguns pontos defendidos pelo psicólogo, entendo que Gikovate tem certa razão. Basta observar os números de divórcios. A quantidade de separações sugere que alguma coisa está errada. E, parece-me, que o erro começa no pensamento equivocado sobre o casamento.

Notamos que a maioria dos jovens está tão empenhada em viver intensamente e loucamente sua juventude que ignoram a importância de olhar o parceiro além da aparência. Quase sempre os namorados estão ocupados em curtir o outro, estão tão entusiasmos sexualmente com o parceiro que se esquecem de observar aquilo que pode diferenciar uma pessoa na convivência por toda uma vida.

Flávio Gikovate diz uma outra verdade… A postura em relação ao sexo está superestimada. Quando a pessoa entra num casamento, a realidade a consome. A percepção de que a vida em comum vai além do sexo nem sempre é bem assimilada e muitos fazem a opção por abandonar o barco.

Caro amigo, se alguém ainda quiser salvar a instituição “casamento” e ter um relacionamento feliz, é preciso repensar certos valores. Talvez seja necessário resgatar alguns conceitos dos mais velhos. Começando, quem sabe, por um namoro onde se valorize mais a boa conversa, o diálogo, os questionamentos sobre preferências, gostos, o que cada um pensa a respeito de filhos, de educação das crianças, sobre a vida profissional…

Também há necessidade de conhecer a família. Saber como são seus hábitos, as diferenças culturais, os valores éticos e morais, o pensamento religioso.

São coisas aparentemente simples, mas que podem fazer toda a diferença na escolha da pessoa com a qual se pretende dividir toda uma vida. Afinal, o ardor da paixão se vai. Ficam a afinidade, o caráter, a cumplicidade, o companheirismo… E nisto tudo, o amor.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Desligue a tevê na hora das refeições...

Uma pesquisa realizada por uma empresa alimentícia confirmou o que muita gente já suspeitava. A família brasileira tem o hábito de fazer as refeições assistindo televisão. A estatística é assustadora. Cerca de sete em cada dez famílias fazem suas refeições enquanto a tevê está ligada.

Eu espero que esse não seja o seu hábito. Mas, se for, é hora de adquirir um novo comportamento.

Estudiosos apontam vários prejuízos. Quem come diante da tevê, geralmente não saboreia os alimentos. Faz tudo mecanicamente e não presta atenção aos sabores e nem a quantidade que está ingerindo.

Essas pessoas ainda tendem a ter mais facilidade para ganhar peso e ficam mais estressadas.

Entretanto, o pior prejuízo é outro. O momento das refeições deveria ser sagrado, pois quase sempre é uma das poucas oportunidades que a família contemporânea tem para interagir.

Fazer suas refeições junto com a família só tem valor se o aparelho estiver desligado. Do contrário, é o mesmo que não estar presente. Pais e filhos que se alimentam com a televisão ligada perdem a chance de conversar, de trocar ideias, de falarem sobre suas expectativas, sonhos e até a respeito de seus problemas.

A televisão silencia seus espectadores. Pior, a necessidade de prestar atenção no programa que está sendo exibido motiva muitas vezes um membro da família a ser grosseiro com o outro.

Às vezes, a mulher interrompe o marido para falar algo… Ele não consegue ouvi-la e, se ela insiste, corre o risco de ser tratada de forma grosseira e pouco educada. E não são raros os casos de filhos que insistem em falar com os pais, querem ser ouvidos por eles, mas as crianças são rejeitadas ou obrigadas a se calar.

Caro amigo, cada um tem direito de fazer suas escolhas e adotar o modelo de vida que lhe é mais conveniente. Contudo, se você valoriza a família, quer estar mais próximo das pessoas que ama, mantenha a televisão desligada durante as refeições. Particularmente, recomendaria que ela ficasse desligada boa parte do tempo, já que não há praticamente nada na telinha que realmente valha a pena assistir. Mas, isto é com você… Hoje digo apenas que já vai ajudar bastante se conseguir ficar longe da tevê durante as refeições.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

A Veja e os cantores evangélicos...

Ao lado de outros artistas cristãos, Aline Barros é destaque na edição desta semana da revista Veja. A reportagem revela o sucesso desses cantores. Mostra que a música gospel atrai um público cada vez maior. Gente que nunca apreciou canções com letras religiosas agora é sensível a esse tipo de mensagem.

A Veja fala, por exemplo, da qualidade musical, dos recordes na vendagem de discos e tece comparações positivas com artistas populares. Entretanto, por sua natureza cética e crítica aos religiosos, a revista não consegue escapar de sua tradição em abordar tais temas de forma caricata.

Ao apresentar Aline Barros, a Veja derrapa na caracterização. Ouça o que ela diz:

- A cantora Aline Barros destoa do estereótipo da mulher evangélica. Ela não prende os cabelos, muito menos usa saias até os calcanhares. [...] Aline, 32 anos, pinta o rosto, anda sempre perfumada e a balança é seu purgatório. No almoço com a reportagem de VEJA, ela beliscou um pequeno bife com fritas e dispensou a sobremesa.

Caro ouvinte, não sei como você lê esse texto, mas, para mim, é o tipo de conceituação preconceituosa e descontextualizada. Afinal, há muito, homens e mulheres evangélicos cuidam do corpo, preocupam-se com a beleza, vestem-se de forma elegante. Mas a revista parece ignorar isso. Ah... e desconheço alguma doutrina que obrigue a mulher cristã a andar de cabelos presos.

A Veja ainda ignora informações relevantes aos leitores. No último Grammy Latino uma cantora gospel, Soraya Moraes, foi o maior destaque da música brasileira. Ela superou artistas famosos que aparecem todos os dias na mídia, tocando nas rádios, servindo de trilha sonora para as novelas.

Soraya Moraes ganhou três prêmios, incluindo o de melhor canção brasileira. Mas a revista prefere tratar os evangélicos como uma gente atrasada, feia, descuidada e fanática. Uma pena.

Nós, cristãos, não deveríamos nos orgulhar de reportagens como esta. Elas não retratam o que somos. Somos um povo diferente. Mas naquilo que nos diferenciamos do mundo, assim o fazemos porque queremos ser luz do mundo; uma chama acesa na escuridão.

Nossos cantores, mais que ter música de qualidade, álbuns reconhecidos e premiados, respeitam o público e ainda são modelos positivos de comportamento numa sociedade confusa e carente de boas referências.