Blog do Ronaldo

terça-feira, junho 30, 2009

Discutindo a mídia na igreja



Texto do programete FATO PENSADO apresentado na Rede Novo Tempo.

Estive no último sábado conversando com os jovens e membros de uma de nossas igrejas sobre a influência da mídia. Foi muito agradável estar com amigos e irmãos no Jardim Iguaçu, em Maringá. O papo sobre mídia foi produtivo. Falei por cerca de uma hora. Mas passou rápido demais e, ao que parece, as pessoas foram tocadas por aquilo que ouviram.

Procuramos estabelecer a mesma dinâmica de minhas aulas na faculdade. Nada de microfone e nem cerimônias desnecessárias. Afinal, a formalidade existente em nossas igrejas impede que assuntos sérios sejam discutidos com a profundidade que merecem.

Durante a palestra (Com apoio da Bianca, minha aluna e locutora da Novo Tempo), mostramos imagens ousadas de revistas, filmes e da televisão. Exemplos de como a mídia faz parte de nossa vida e nos afeta direcionando nosso olhar para os relacionamentos que temos com a vida, com o mundo e até mesmo com a nossa família.

Falei, por exemplo, da maneira glamourosa que a mídia trata da homossexualidade. A coisa é retratada de forma tão equivocada e desrespeitosa que parece melhor gostar de uma pessoa do mesmo sexo que manter um relacionamento heterossexual.

Bem, mas por que estou compartilhando essa história com você? Por uma razão muito simples... A mídia faz parte de nossa vida mais que qualquer outra coisa. Gastamos mais tempo com televisão, internet, rádio, jornal, revistas que com qualquer outra coisa. Poucas pessoas dedicam mais tempo à família, por exemplo. Geralmente estamos mais tempo de olho no que a mídia nos oferece do que dedicamos atenção aos nossos familiares, amigos e, principalmente, a Deus.

Isto significa que a mídia exerce influência em nossa vida – mais até que os ensinos recebidos de nossos pais, de nossos irmãos e dos escritos sagrados. Isto significa que é hora de investirmos mais tempo refletindo sobre o impacto da mídia na vida das pessoas. Temos urgência de levar essas discussões para nossos templos. Devemos falar menos de teologia e nos dedicarmos muito mais a aplicação da teologia ao dia-a-dia das pessoas.

Não é difícil constatar que teorizamos muito a religião. Enquanto isso, o mundo entra em nossa casa através da mídia de forma tal que o discurso midiático parece mais verdadeiro que os sermões de nossos líderes religiosos. É fácil constatar que nossas crianças, nossos adolescentes e jovens acreditam mais naquilo que vêem na tevê ou nas revistas que nos sermões de nossos pastores e professores dos departamentos infantis.

Por isso, espero sinceramente ter a chance de voltar a tratar da mídia em nossas igrejas. Sonho com o dia em que nossos líderes abram mais espaço nas igrejas para analisar e debater o que seus membros estão vendo, ouvindo e lendo no dia-a-dia. Se assim não fizermos, corremos o risco de ter a fé esvaziada por rituais pouco producentes, mantendo igrejas lotadas com gente sem compromisso com Deus, já que as pessoas têm sido corrompidas pelo discurso midiático - sabiamente utilizado pelo inimigo de nossas almas.

* Baseado em post já publicado neste blog.

Leitura do dia

A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba (Provérbios 14:1).

Bom dia... boa terça-feira!

segunda-feira, junho 29, 2009

Celular na igreja

Não consigo me acostumar... Celular tocando durante o culto é "pra acabar". Tenho observado que em quase todos os programas da igreja tem celular tocando. O que acontece com esse povo? Levar o aparelho para o templo já é um enorme desrespeito. Mantê-lo ligado, uma agressão. Agora mantê-lo ligado sem estar no vibracall é algo que não consigo adjetivar.

Reverência... Nosso povo tem faltado com a reverência a Deus. Tem gente que parece achar que está num clube. Conversa o tempo todo, desloca-se pelo templo sem a mínima preocupação em estar ou não tirando a atenção dos outros e, com a dependência doentia do celular, mantém o aparelho ligado durante o culto.

Sinceramente não sei o que essas pessoas fazem na igreja. Vão lá fazer o quê? Tenho certeza que não é adorar a Deus. O verdadeiro adorador é reverente. Logo, não levaria o telefone para a igreja. E se fosse imprescindível carregar o equipamento, teriam ao menos um pouco de bom senso: manteriam o celular no silencioso.

Leitura do dia

Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau (Provérbios 13:20).

Bom dia… boa semana!

sábado, junho 27, 2009

Um fim de tarde abençoado

Foi muito agradável estar com amigos e irmãos no Jardim Iguaçu. O papo sobre mídia foi produtivo. Falei mais que imaginava - por cerca de uma hora. Mas passou rápido demais e, ao que parece, as pessoas gostaram do que ouviram.

Procuramos estabelecer a mesma dinâmica de minhas aulas na faculdade. Nada de microfone e nem cerimônias desnecessárias. Afinal, é a formalidade existente em nossas igrejas que impede que assuntos sérios sejam discutidos com a profundidade que merecem.

Com apoio da Bianca, minha aluna e locutora da Novo Tempo, mostramos imagens ousadas de revistas, filmes e da televisão. Exemplos de como a mídia faz parte de nossa vida e nos afeta direcionando nosso olhar para os relacionamentos que temos com a vida, com o mundo e até mesmo com a nossa família.

Falei, por exemplo, da maneira glamourosa que a mídia trata da homossexualidade. A coisa é retratada de forma tão equivocada e desrespeitosa que parece melhor gostar de uma pessoa do mesmo sexo que manter um relacionamento heterossexual.

Bem, espero repetir esse tipo de papo noutras ocasiões, em outras igrejas. Penso que é hora de falarmos menos de teologia e dedicarmos muito mais a aplicação da teologia ao dia-a-dia das pessoas. Teorizamos muito a religião. Enquanto isso, o mundo entra em nossa casa através da mídia de forma tal que o discurso midiático parece mais verdadeiro que os sermões de nossos líderes religiosos.

sexta-feira, junho 26, 2009

Nas garras da mídia

Nesse sábado terei o privilégio de falar com a moçada do Jardim Iguaçu (Maringá). Será um papo legal. Vamos tratar da influência da mídia. Nada muito diferente daquilo que a gente já sabe, mas parece não acreditar. Vou mais uma vez manter a tese principal: na maioria das vezes a mídia não manipula; nós é que somos manipulados. Afinal, permitimos que isto aconteça. Sentar diante da tevê, ler uma reportagem, ter contato com o conteúdo midiático passivamente sempre causa estragos. Vamos tentar ampliar essa discussão amanhã, às 17h.

Nova estreia

Meu primeiro blog foi aberto em setembro de 2005. De lá pra cá escrevi milhares de posts. É sério. Só no atual “Blog do Ronaldo” são mais de 3,5 mil textos.

Gosto de escrever. Curto demais a ideia de expressar-me, mas minha página atual sofre um monitoramento que inibe uma exposição real do que penso, do que sou. Sou jornalista, professor e, para o bem ou para o mal, conhecido na cidade. Meu blog possui link na página da CBN Maringá. Logo, não me sinto confortável de discutir nele minha vida, minha religião, minha fé.

Por isso, estou me desafiando a tornar este espaço mais um local para reproduzir os textos do Fato Pensado. Quero refletir aqui minha vida, minha fé, minha busca por Deus. A intenção é voltar a divulgar este espaço. Claro, não será divulgado entre aqueles que apenas acompanham meu trabalho jornalístico na cidade de Maringá. Apenas para amigos e pessoas que acompanham minhas reflexões pela Rede Novo Tempo.

Espero com isto sentir-me mais à vontade para escrever. Quero superar a necessidade de manter uma máscara para tratar de determinados assuntos. A proposta é romper com mitos, discutir abertamente certas questões - ainda que possam contrariar a opinião de alguns.

É uma página pessoal, que intenciona refletir minhas crenças. Mas fundamentalmente minha vontade de construir e ser um templo santo.

quinta-feira, junho 25, 2009

Gugu fecha com a Record por R$ 300 milhões

O capitalismo é o lugar do fantástico, do surpreendente. O espaço que garante oportunidade de se fazer dinheiro, de se tornar o melhor e, ao mesmo tempo que se faz dinheiro, pode se perder tudo. Também é o cenário da desigualdade, onde muitos ganham pouco e poucos, ganham muito.

Vejo, por exemplo, a notícia de que Gugu Liberato foi contratado pela Record. Ele já fechou com a emissora. Estará nas telas da Record a partir de abril de 2010. Lá, vai receber cerca de R$ 300 milhões em salários. Mas o valor pode crescer ainda mais - dependendo dos resultados que apresentar, da publicidade que atrair e dos produtos que licenciar.

Ele merece? Não sei. Ele tem história na tevê (pra todos os gostos - até de supostamente faltar com a ética), dá audiência, é criativo e certamente poucas pessoas poderiam ocupar seu lugar. Entretanto, a questão é mais ampla. É justo alguém ganhar tanto? Veja o caso do Faustão... Dia desses, o apresentador renovou com a Globo. O novo contrato dele vai até 2017. O salário é de aproximadamente R$ 5 milhões/mês.

Eu posso estar errado, mas creio que há um descompasso com a realidade. O capitalismo permite isso. Contudo, entendo que por mais que haja competência, não se pode premiá-la de maneira tão desigual.

Esse universo das celebridades é um mundo fora da realidade. Mas não é único. No meio corporativo também há diferenças intoleráveis. E no Brasil elas são ainda mais visíveis. Penso ser inadmissível um gari ganhar menos de R$ 600/mês enquanto um cara que não sai do escritório recebe R$ 100 mil.

Não é só uma questão de competência e qualificação... Sempre concordarei que a eficiência, o preparo merece remuneração diferenciada. Mas não pode haver tanta diferença. O dinheiro que sobra para um acaba faltando para o outro.

terça-feira, junho 23, 2009

O papel ridículo de algumas Ong's

Ninguém pode negar a importância das Ongs. Entretanto, algumas delas defendem bandeiras indefensáveis. Por exemplo, publiquei ontem no Twitter um breve texto:

- Algumas ONGs não têm mesmo o que fazer. Criticar o Obama porque ele matou uma mosca é pra acabar.

Quem não viu a reportagem, merece algumas explicações. Creio que ao menos a matéria do Barack Obama matando uma mosca em rede de tevê você deve ter visto. Mas, voltando ao assunto, o fato motivou uma Ong a protestar contra o presidente americano.

O grupo Peta anunciou que vai presentear Obama com um “cata-mosquito”. Não, não é um “mata-mosquito”. Trata-se de um instrumento para capturar VIVOS os mosquitos. Também não é para guardá-los em cativeiro. O “aparelho” serve para capturá-los visando devolvê-los à natureza.

A Ong não gostou da atitude de Obama. Ele matou a mosca. Deveria tê-la mantido viva. Piada de muito mau gosto.

Claro, a “piada” ganhou repercussão em vários veículos de comunicação. Afinal, faz parte daquele grupo de fatos/acontecimentos que se adequam aos critérios de divulgação da mídia. É imprevisível, surpreendente, absurdo, tolo e até cômico. Logo, é notícia.

Todo mundo tem direito de defender a bandeira que quiser. Contudo, atitudes como essa banalização, ridicularizam o papel das Ongs. Estas têm função importante na atual estrutura da sociedade. Mas o chamado terceiro setor perde credibilidade toda vez que alguém que se apega a alguma tolice e resolve publicizá-la.

Na verdade, muitos desses grupos que defendem a vida, os animais, o meio ambiente etc têm se dado ao trabalho de tornar piada assuntos sérios. As questões ambientais, por exemplo, requerem respostas práticas da sociedade. No entanto, quando alguém se dá ao trabalho de defender, por exemplo, que as pessoas façam “xixi no banho” (os caras têm até site) para diminuir o consumo de água colocam em xeque a credibilidade e prejudicam a defesa de outras bandeiras sérias.

Talvez haja necessidade de mais razão e menos emoção no discurso desses organismos não governamentais. Uma pitada de realidade não faz mal a ninguém. É preciso ter bom-senso e noção do ridículo.

terça-feira, junho 16, 2009

Ser bi está na moda?



A Época desta semana traz uma reportagem com o sugestivo título: “Ser bi está na moda”. Nela, a revista revela que mulheres famosas têm anunciado a bissexualidade como estratégia de marketing e promoção pessoal. A Época lista algumas das famosas que nos últimos meses se declararam bissexuais – ou seja, gostam de se relacionar com homens e mulheres.

O grande questionamento feito pela reportagem é “afinal, trata-se da liberação de um desejo feminino ou de estratégia de marketing?”. A própria revista responde: as duas coisas. Vivemos dias em que o preconceito é menor. Por isso, é mais fácil assumir-se homossexual (ou bissexual). Por outro lado, dizer que é bissexual dá mídia – principalmente para quem já tem certa fama. Esse tipo de declaração espontânea também mexe com o imaginário masculino, já que sabidamente se trata de uma das fantasias de muitos homens.

Outra pergunta que a reportagem tenta responder é: o que acontece com a cabeça das milhares de adolescentes anônimas – mulheres em formação – que assistem esse tipo de espetáculo produzido pelas famosas? Difícil responder. A própria Época não apresenta nada muito conclusivo. Apenas lembra que, nessa idade, garotos e garotas são potenciais imitadores.

Cá com meus botões, acho a questão bastante delicada. Tenho visão muito particular sobre o assunto. Entendo que a mídia tem glamourizado a homossexualidade. Não se trata de auxiliar no combate ao preconceito. Há um exagero que beira o desrespeito a heteros e homossexuais. O tratamento da mídia dado ao tema geralmente trabalha os dois extremos: ou ridiculariza a homossexualidade, principalmente através do humor, criando estereótipos; ou a torna modelo de vida.

No caso das declarações dessas celebridades, penso no poder de influência sobre os adolescentes. Os fãs geralmente formam grupo de pessoas passível de serem guiados por seus ídolos. É claro, cada um faz o que quer da vida. Mas o fascínio que exercem sobre garotos e garotas tão imaturos coloca em risco o curso natural da vida – pode estimular uma experiência que não seria vivida se não fosse pela ilusão provocada pela cega necessidade de imitar.

quarta-feira, junho 10, 2009

Ensino obrigatório de 17 anos. Pra quê?



Com certa frequência temos discutido aqui que a educação não é assunto levado a sério em nosso país. A educação como política pública só é uma realidade no discurso. Está longe de ser uma prática.

A última iniciativa fantasiosa é a obrigatoriedade da escola até os 17 anos. Teoricamente, as crianças, hoje, tem que estar nas salas de aula até os 14 anos. Com a nova proposta de emenda constitucional, votada no início desse mês de junho, enquanto não completarem 17 anos, os adolescentes brasileiros não devem deixar a escola.

É bonito falar. Mas vergonhoso reconhecer que é só mais uma garantia constitucional que não se aplicará a vida prática do cidadão brasileiro. Não é difícil obter dados no próprio Ministério da Educação que revelam que um percentual extremamente significativo de crianças deixam as salas de aula antes de completarem a oitava série.

Há várias razões para a chamada evasão escolar. Elas vão desde a necessidade de trabalhar até a desmotivação, desinteresse.

É sabido que muitos meninos e meninas precisam ajudar financeiramente os pais. Como são famílias miseráveis e sem consciência da importância da educação, preferem estimular os filhos a trabalhar, abandonando a escola.

No caso desses adolescentes que não gostam de estudar, também falta o reconhecimento da necessidade da escolarização e da apropriação do conhecimento.

Um aspecto curioso é que em ambos os casos existe o componente familiar. Na verdade, estudos recentes indicam que em 80% dos casos tanto a nota do aluno quanto o abandono da escola têm origem no ambiente domicilar. Ou seja, dentro da casa do aluno. Por isso, dá para dizer que falta engajamento dos pais. Como não conseguem transferir aos filhos o quão fundamental é a educação, eles abandonam a sala de aula.

Embora entenda como algo desejável, sustento que ampliar a obrigatoriedade do ensino não muda a realidade. Claro, deve ser um alvo a alcançar. Mas, primeiro, precisamos ter políticas públicas que possam garantir que todos cumpram pelo menos a legislação atual de se frequentar a escola até os 14 anos.

A luta contra a evasão escolar passa pelo convencimento de crianças, adolescentes e seus pais. Eles precisam ver a escola como um ambiente rico em conhecimento e que promove a cidadania. Este é o caminho.

Políticas públicas para a educação carecem ser ampliadas à comunidade. Há necessidade de um trabalho de convencimento, de integração Estado, comunidade e escola. Do contrário, seguiremos criando novas leis e mantendo-as apenas como papéis sem nenhum valor.

terça-feira, junho 02, 2009

Professores: profissão de risco



A revista Isto É desta semana traz uma reportagem sobre a profissão de professor. Com base em diferentes estudos, a publicação sugere que professor é uma atividade de risco. Não é difícil entender. Não são raros os professores que já sofreram ameaças. E a lista de educadores vítimas de violência cresce a cada dia.

A reportagem ainda trouxe outros dados. Por causa dos atos de agressão e ameaças, a maioria dos professores perdeu o estímulo de dar aulas. Muitos se sentem num quadro semelhante ao de pânico quando atravessam os portões da escola ou a porta da sala de aula. Em classe, mais de 67% acredita ter perdido a autoridade. Eles não conseguem controlar a molecada. Para manter o mínimo de respeito, vários dele gastam parte do tempo gritando com os estudantes.

Outro dado: 84,2% dos educadores acreditam que seus alunos não prestam atenção na aula e nem valorizam o conteúdo apresentado.

Quadro tão devastador gera estresse. Em outros casos, depressão. O déficit de professores no Brasil é grande. Faltam educadores. Certas disciplinas, como matemática, física, química e até geografia e história, carecem de novos profissionais. Mas, se a remuneração nunca foi atrativa, o risco de agressão e o sentimento de ser ignorado em sala desmotiva potenciais candidatos a educador.

É lamentável. Quem segue em sala de aula ou é idealista ou insiste na profissão por não encontrar outra alternativa. Mas o pior é notar a passividade de nossas autoridades e o alheamento de nossa parte. Se as autoridades governamentais pouco fazem para mudar a realidade, nós também somos responsáveis pela instalação do caos na educação.

A violência que acontece nas escolas é reflexo de uma sociedade que vê na escola um local para se aprender a ler e escrever – ou para aprender uma profissão. Tem ainda uma parcela significativa da população que olha para as instituições de ensino como depósitos de crianças – um ambiente em que se deixa o filho enquanto o pai e a mãe trabalham.

Há saída para situação tão apocalíptica? Talvez sim. Passa, primeiro, pela educação dentro de casa. Filhos disciplinados são alunos respeitosos, que reconhecem a autoridade do professor. Mas para avançarmos é preciso mais. Nós, adultos, devemos nos envolver com a escola. Buscar identificar os problemas, dialogar com professores, coordenadores de ensino e diretores. Identificadas as principais deficiências, devemos cobrar das autoridades as mudanças necessárias.

Nossa tarefa não é tão simples, mas é plenamente possível. O que não podemos é apenas nos indignarmos com dados tão negativos da educação e nos mantermos passivos. Notícias tristes como essa de que nossos professores estão desmotivados por serem agredidos física ou verbalmente deveriam mexer conosco a ponto de tomarmos uma atitude – talvez a primeira delas seria procurarmos identificar quais são os problemas da escola de nossos filhos… O que não podemos aceitar é que continuemos recolhidos em nossas casas, tecendo críticas, mas nada fazendo além de ler, ouvir ou assistir o noticiário.