Blog do Ronaldo

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Construindo o futuro

Ando meio sumido... Os textos, escassos. Clima de férias? Sim. E mais que isso. Considero os últimos dias de dezembro e os primeiros de janeiro essenciais para definir como essenciais para definir a vida ao longo de todo um ano. Verdade que é impossível prever tudo. Não dá sequer para traçar com exatidão como será a próxima semana. Os próximos 12 meses? Seria muita pretensão. Ainda assim, é tempo de avaliação. E nada melhor que permanecer introspectivo, ouvir mais que falar, sentir mais que tocar.

No último dia de 2009, postei no blog um texto com o título “2010. Somos nós que construímos”. Uma amiga elogiou a abordagem e apontou que se tratava de uma reflexão consciente para aquele momento. O melhor texto que tinha lido na passagem de ano. Achei exagerado, mas fiquei honrado com o comentário. O motivo é bastante simples: não adiante esperar que caia do céu o ano que desejamos. Nós temos o dever de torná-lo especial, único e de grandes conquistas.

Se notarmos, o que estamos vivendo hoje não é muito diferente do que experimentamos dias atrás quando ainda estávamos em 2009. Isto quer dizer que 2010 é apenas continuidade da vida que já tínhamos. O fato de encerrarmos um ano e iniciarmos outro significa mudança se ela acontecer dentro de nós. A diferença do calendário só se dá na prática se construirmos as mudanças que desejamos. Como havia dito no post, a passagem de ano é simbólica. Podemos tornar especiais os próximos dias do ano novo ou simplesmente repetir tudo que fizemos em 2009. A escolha é nossa.

Se nossa atitude em relação a 2010 for positiva, poderemos construir um ano marcante, transformador – para nós e para as pessoas que nos cercam. Não é o ano que nos presenteia com coisas boas. Somos nós os responsáveis por fazer de 2010 um ano espetacular. Esperar que 2010 nos traga vitórias, abrindo mão de lutar por elas, é abdicar da oportunidade que nos é dada de experimentar a vida plenamente.

Aprendi um pouco mais sobre isto nessa última semana. Passei alguns dias longe de tudo, numa fazenda. O proprietário é um produtor de soja. Fiquei admirado da loteria que ele vive a cada ano. De olho no tempo, esperando a chuva no tempo certo, a aposta por uma boa safra é milionária. Confesso que teria dificuldade para viver como vivem os agricultores. Eles prepararam a terra, plantam, cuidam da lavoura e aguardam... Aguardam pela água, pelo sol, pela temperatura adequada. Se um desses fatores não corresponder à expectativa, a colheita pode ser um fracasso.

Foi isso que aconteceu na safrinha (no meio do ano). Na região onde mora esse fazendeiro, ele e outros produtores tiveram prejuízo. Ficaram com dívidas. Muitas dívidas. Mas não desanimaram. Apostaram mais uma vez, trabalharam firme, o tempo tem colaborado e tudo leva a crer que a safra será recorde. Pude notar que não há agricultor pessimista. As contas serão pagas e novos projetos estão sendo feitos.

Por que isto? Simples. Ninguém está esperando apenas pelos céus. Eles sabem que são sujeitos da própria história. Se ficarem de olho no tempo e abrirem mão de fazerem a parte deles, a chuva poderá vir, o sol aparecer, mas a semente não irá germinar, as plantas não crescerão e o sucesso será apenas um sonho.

Compreendi com esses homens do campo as verdades do texto que postei no blog. Nós construímos o futuro. Então, o que estamos esperando?

Posted via email from Ronaldo Nezo

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