O FATO PENSADO de hoje trata de um assunto que todos nós já conhecemos, mas que nem sempre levamos a sério. Estou falando da dengue. Neste ano, Maringá sofreu com uma epidemia da doença... Foram mais de 5,5 mil casos confirmados, algumas mortes e ainda assim muita gente não tem dado atenção ao problema.
O pior é que com a volta do calor e das chuvas novos casos de dengue começam a aparecer. Em Umuarama, por exemplo, só nos últimos dias foram 12 casos confirmados. Em Maringá, a Vigilância Ambiental nessas últimas semanas multou mais de 100 moradores por ter encontrado focos do mosquito da dengue em suas residências.
De acordo com uma reportagem publicada no site da Johnson e Johnson, um dos motivos da proliferação do mosquito é o clima tropical. As condições ambientais das regiões de clima tropical, como é o caso do Brasil, somadas aos hábitos da população, favorecem a propagação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.
A doença é transmitida unicamente através da picada de uma fêmea do mosquito. Geralmente, a dengue costuma ser benigna, causando apenas transtornos como febre, dores de cabeça, inapetência, mal-estar, dores musculares e, algumas vezes, manchas vermelhas pelo corpo e pequenos sangramentos.
Entretanto, quando a doença se apresenta na forma hemorrágica, provoca uma queda acentuada de pressão, hemorragia interna e coagulação intravascular disseminada, manifestações que acarretam danos graves e enfarte de vários órgãos, podendo levar, em casos extremos, à morte.
Existem quatro tipos de vírus da dengue (denominados 1, 2, 3 e 4), sendo que o tipo 4 até o momento não chegou ao Brasil. Quando uma pessoa é infectada por um deles, cria imunidade para esse tipo. Quer dizer, ela não pode ser infectada novamente pelo mesmo tipo de vírus, apenas pelos demais tipos de vírus. É por isso que cada vez que a pessoa é contaminada pelo mosquito da dengue o risco é maior de ter dengue hemorrágica.
E, embora seja comum ouvir que a dengue hemorrágica se manifesta apenas quando a pessoa já foi contaminada anteriormente, alguns casos também podem acontecer logo na primeira infecção. Por isso, devemos tomar todo o cuidado possível no que diz respeito à luta contra os focos de transmissão.
E não é difícil evitar a dengue. Basta que todos nós estejamos empenhados em combater os focos do mosquito. As atitudes são simples...
- Evite recintos com água limpa e parada, nos quais acontece a desova dos mosquitos. E não adianta só jogar a água fora: é preciso lavar bem os recipientes, pois a fêmea deposita os ovos nas paredes destes lugares. Assim, mesmo que esse local ou objeto fique seco por muito tempo, os ovos poderão eclodir a qualquer subida do nível de água;
- Cuide para que a caixa-d'água fique bem fechada, assim como poços, barris, cisternas, pneus e outros depósitos que possam acumular água da chuva;
- Não cultive plantas em água, apenas em terra. Além disso, coloque areia nos pratos que ficam sob o vaso. A borra de café e uma mistura de água com vinagre também são ótimos "remédios" para evitar o desenvolvimento do mosquito.
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