Blog do Ronaldo

terça-feira, janeiro 04, 2011

Preferimos "exportar" nosso lixo

Lendo a notícia “Mais de 150 cidades paulistas ‘exportam’ lixo para aterros em outros municípios” pensei um pouco na maneira como lidamos com o nosso “lixo”. E quando falo em lixo aqui, não falo daquele que produzimos diariamente, fruto de nosso consumo. Falo das coisas negativas, dos erros, falhas que por vezes também tentamos exportar para os outros.

Mandar lixo para outras cidades, como solução para a destinação adequada dos resíduos, pode até não ser a política desejada por muitos munícipes. Entretanto, parece-me uma saída inteligente para se evitar a construção de inúmeros aterros sanitários etc. É uma resposta conjunta para um problema comum: o lixo que todos produzem.

No entanto, o que dizer do nosso “lixo”? Por que sempre parece mais fácil transferir para o outro aquilo que é nosso, responsabilidade nossa? Lamentavelmente, fazemos isso. Ninguém gosta de assumir “fui eu”, “eu errei”. A gente falha, mas a culpa é do vizinho, do colega, amigo, esposa etc etc. Sempre tem alguém pra gente “exportar” o erro que é nosso. Se atrasamos para um compromisso, foi o trânsito; se pagamos caro, foi o vendedor que nos enrolou; se traímos, é o parceiro (a parceira) que não nos dava mais atenção...

Se para o lixo de nossas cidades, políticas comuns podem ser a solução; para o nosso “lixo”, a resposta ainda parece ser assumirmos que, como indivíduos, também fazemos nossas besteiras e é nosso dever cuidar da “sujeira” que produzimos.

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