Tenho por hábito ser mais que um professor... Procuro ouvir meus alunos e auxiliá-los também em questões pessoais. Acredito que este é meu papel enquanto educador cristão.
Foi por isto que, dia desses, ouvi uma aluna falar sobre suas dúvidas. Ela estava indecisa. Embora estivesse saindo com um rapaz, ainda não sabia se deveria ou não assumir um namoro mais sério. O motivo? Ele já era pai e parecia gostaria muito do filho.
Essa minha aluna dizia não estar pronta para lidar com um namorado que tinha um filho... A preocupação dela era evidente. Ela queria ter toda atenção do rapaz, mas ele, evidentemente, tem o dever de dar atenção ao filho. Mais que isto, também a incomodava o fato de seu candidato a namorado estar sempre em contato com a mãe do menino.
Percebi que minha aluna tinha uma dúvida: será que o paquera dela ainda gostava da ex???
É difícil aconselhar alguém, principalmente quando o assunto são as coisas do coração. Quem olha a situação de fora sempre tem uma visão diferente.
Ainda que, de fora, pareça mais fácil dizer quais as chances de dar certo, só mesmo quem está dentro da história conhece qual é sua disposição para apostar no relacionamento.
E este é exatamente o segredo do relacionamento entre uma pessoa solteira com alguém que já tem um filho: disposição. Não basta amar.
Quando tenho chance de orientar alguém que pensa viver uma situação como esta, procuro dizer: é preciso ter a capacidade de ceder mais que num outro relacionamento qualquer.
Infelizmente, relacionamentos acabam. Mas filhos são para uma vida inteira. Quem quer se casar com alguém que já tem um filho deve aceitar essa terceira pessoa em sua vida. Não dá para querer o marido ou a mulher só pra si. Tem mais alguém na história. E ainda tem a mãe ou o pai da criança que poderá ser mais uma sombra em seu relacionamento.
Tem chances de dar certo? Claro que tem. Mas é um relacionamento em que dividir é um verbo que será ainda mais conjugado. E se a pessoa fingir a capacidade de aceitar essa criança, mas, depois de casados, resolver afastar o seu companheiro desse filho, certamente vai prejudicar a vida de todos os envolvidos nessa história.
Concluindo... A felicidade sempre depende nós. Relacionamentos são felizes quando estamos prontos para nos doar. Num relacionamento com alguém que já tem um passado, e neste passado há marcas importantes, como filhos por exemplo, é preciso ter mais que paixão. Deve-se ter uma boa pitada de racionalidade. Deve-se ser capaz de avaliar qual é a capacidade de aceitar a história do outro, o filho do outro, o contato freqüente com a ex e ainda ser generoso a ponto de não fazer cobranças por aquilo que hoje você tem disposição para aceitar.
Um comentário:
Achei muito interessante o seu ponto de vista.. vivo uma situaçao complicada como essa.. sou noiva de um homem mais velho que eu, e que teve uma filha com uma mulher em tempos passados, entretanto, ele nunca foi casado.
é muito complexo viver essa situaçao, e eu sofro muito por isso. a filha nao liga para ele. é interesseira, mimada, arrogante, e desegradável, e só quer saber dele na hora do interesse, para pedir alguma coisa. Fora isso, ela nunca liga para ele, para saber como ele esta. A mae dessa menina é muito manipuladora, e receio por isso. Só liga pra ele pra pedir coisas, e qundo eu atendo o telefone ela desliga na minha cara. Acho uma falta de respeito e de imaturidade, ja que ela tem idade pra ser minha mae, e fica sendo infantil desse jeito.. sofro muito..
gostaria de uma orientaçao..
abraços..
A.F.F
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