Hoje, quero falar sobre a presença cada vez maior de crianças no mundo do crime. É muito provável que você conheça ou já tenha ouvido falar de uma criança com onze, doze anos que já tenha se tornado criminosa.
Não faz tempo que publiquei no meu blog a história de um menino de 12 anos, morador de uma das cidades satélites de Brasília. Estudante da quinta série, e com aparência de um menino de nove ou dez anos, esse garoto já é famoso naquela região. Ele comanda uma gangue de menores que comete os mais diversos crimes. Professores, conhecidos, vizinhos, muita gente tem medo desse menino.
Esse garoto é chamado de “perigoso”. Também é conhecido como “Coração Gelado”. Ele já cumpre medida sócioeducativa. Motivo? Assassinato. Sua última vítima ficou com uma faca enterrada no pescoço, após um assalto.
A quadrilha mirim que esse menor comanda já fez muitas vítimas e assaltou microônibus e ônibus que fazem a rota de onde mora.
Infelizmente, esse não é o único caso famoso de criança no mundo do crime. Dia desses também publiquei a informação de um outro garotinho de 12 anos que já tinha mais de dez passagens pela polícia por furto de carro. Esta semana, na lista de notícias mais acessadas do G1, o site de notícias da Globo, está mais um menino de 12 anos. Esse garoto paulistano tem no currículo nove prisões.
Por que isso acontece? Há vários motivos. Mas eu prefiro trabalhar com uma única hipótese. Pra mim, mais que uma hipótese; seria a base, o fundamento, a razão da maioria dos problemas enfrentados pela sociedade. Acredito que esse fenômeno social está ligado a fragilidade da família. Crianças que cometem crimes são meninos e meninas que, na maioria das vezes, não têm uma boa estrutura familiar.
Sabe amigos, a família garante boa parte das referências que o indivíduo precisa para conviver em sociedade. Entretanto, ter uma estrutura familiar não é só ter pai, mãe e filhos convivendo juntos. Ter uma família é mais que isto. É repetir na Terra um pedacinho do Céu. É experimentar o amor de Deus em sua plenitude... Relacionar-se, amar profundamente, perdoar, ter misericórdia, aceitar as diferenças, disciplinar... Uma família se constrói nessas bases. Não adianta ter várias pessoas debaixo do mesmo teto, mas essas pessoas mal se conhecerem. E, infelizmente, é isso que acontece.
Essas crianças criminosas quase sempre não têm uma família. E quando têm, não sabem o que é amor, não conhecem os limites estabelecidos por uma boa educação.
Por fim, o que mais me preocupa, essa falta de família também acontece na casa de muitos cristãos. São pais e mães que não conhecem seus filhos. Convivem na mesma casa, mas não se relacionam. Espero que este não seja o seu caso. Ainda assim, convido você a olhar para sua família. Reflita, você tem uma família de verdade? Se tem, parabéns! Peça a Deus que continue cuidando de vocês e proteja esse lar.
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