A edição do dia 21 de março da revista Época traz, na capa, o seguinte título “A fé que faz bem à saúde”. A reportagem diz que novos estudos mostram que o cérebro é “programado” para acreditar em Deus – e que isso nos ajuda a viver mais e melhor.
De acordo com a revista, o estudo analisou o cérebro de 40 pessoas – religiosas e não religiosas. E a conclusão dos pesquisadores é que a crença religiosa é algo que nasceu junto com nosso cérebro.
Mas, os cientistas também observaram outras coisas. Além da crença em Deus ser algo inerente ao cérebro humano, eles também concluíram que as pessoas que acreditam em Deus conseguem controlar mais suas emoções; conseguem expressá-las muito melhor. Os pesquisadores chegam a dizer que a oração ajuda a pessoa a melhorar a relação consigo mesma e, consequentemente, essa prática altera positivamente a química cerebral.
Aqui no Fato Pensado já falamos noutras ocasiões sobre pesquisas que tratam da importância da fé para nossa saúde. Esta não é muito diferente. Talvez a maior novidade seja mesma essa conclusão: a de que nós somos predispostos biologicamente a ter crenças, a ter fé em Deus. O estudo chega a dizer que a crença religiosa talvez seja a primeira forma de sistema de crenças que existe em nosso cérebro. Uma forma de crença que surgiu antes das outras.
Por que será? Os cientistas não sabem responder.
Como cristão que sou, dedico uma atenção cautelosa ao que dizem os cientistas a respeito da crença em Deus. Afinal, na maioria das vezes, a mesma ciência que critica a religião pela ausência de provas materiais da existência de Deus, usa expediente semelhante para rejeitar o Criador. Ou seja, a ciência diz que os religiosos têm fé em algo sobrenatural, desconhecido. Mas ela mesma cria inúmeras teorias, quase sempre controversas e sempre passíveis de revisão. Teorias que também precisam de um bocado de fé daqueles que condenam nossa crença em Deus.
No programa de hoje, não tenho a intenção de utilizar as conclusões desse estudo divulgado na revista Época para uma estimular uma reflexão nova, diferente de outras. Apenas quero lembrar você que, em alguns momentos sente dúvidas sobre a existência do Criador, que não consegue reconhecer os benefícios da fé, quero apenas dizer a você que é bombardeado pelas teorias filosóficas e científicas, que a Ciência que tenta derrubar os princípios religiosos é a mesma que traz boas novas para quem precisa reacender sua fé.
Os autores da pesquisa que citei a você não são cristãos. Eles não são religiosos e nem declaram ter fé em algum ente divino, sobrenatural. Esses cientistas, semelhante a outros, tentam dizer que a fé é uma construção nossa, resposta a uma necessidade humana. Mas eles reconhecem que a complexidade de nosso cérebro indica que há algo além daquilo que a Ciência pode explicar. Por isso mesmo, precisam admitir que ter fé faz bem ao ser humano, nos ajuda a viver melhor. Somos mais felizes e completos quando optamos por acreditar em Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário