No programa anterior trouxemos aqui o resultado de um estudo realizado por dois teólogos renomados do Vaticano. Apresentamos que 60% dos homens são dominados pela luxúria. Quarenta por cento das mulheres, pela vaidade.
Também falamos que as mulheres querem ser admiradas, belas, irresistíveis, autossuficientes e poderosas. Já os homens perdem a razão diante do objeto de atração sexual.
Pois bem, se no último programa tratamos de forma mais ampla do domínio que tem o sexo sobre os homens, hoje quero falar um pouco sobre a vaidade feminina.
A pesquisadora brasileira Sandra Dias, coordenadora do curso de Psicanálise da PUC de São Paulo, tem uma explicação reveladora sobre o assunto. Ela diz que "a mulher erotiza sua aparência física para capturar o desejo do homem”.
Poucas mulheres assumem que a vaidade é uma erotização da imagem delas. Poucas admitem que o investimento na aparência tem a intenção de chamar a atenção do homem e vencer uma disputa entre elas mesmas.
Elas precisam estar com “tudo em cima” para chamar a atenção dos homens. Querem se sentir cobiçadas. Mas querem também causar inveja nas outras mulheres.
Esse universo é cruel. As mulheres reparam uma nas outras. Avaliam-se. Tecem comentários maldosos e disputam, silenciosamente, a cada dia, a cada evento ou festa, um concurso de beleza a fim de descobrirem “quem é a mais bela”.
A mulher quer se sentir bonita. Não há mal nisso. Cuidar da aparência é saudável. Mas a vida debaixo da ditadura da beleza é uma agressão à autoestima.
O modelo idealizado de beleza prejudica a saúde física, mental e financeira. Muitas mulheres deixam de se alimentar corretamente, mutilam-se e adquirem dívidas enormes a fim de fazerem aquilo que entendem ser necessário para serem as mais belas.
Grande ilusão. A maioria nunca alcança o ideal de beleza, pois este ideal está desenhado na cabeça delas. E parece sempre estar muito distante. É por isso que quase sempre estão insatisfeitas; precisam emagrecer sempre, fazer uma nova cirurgia plástica, comprar uma roupa diferente ou ir mais uma vez ao salão de beleza.
Se a vaidade é uma das características humanas, também é algo que rouba a paz.
A vaidade deve ser trabalhada de forma que não comprometa o equilíbrio da vida. Não é saudável para o espírito. Fazer uso dos artifícios que as indústrias da moda, da cosmética e mesmo das cirurgias disponibilizam apenas para se sentir mais poderosa que outras mulheres ou para ser objeto de desejo dos homens causa uma satisfação passageira, momentânea. Esse prazer não dura para sempre.
Homens e mulheres precisam investir naquilo que engrandece o espírito, no que nos torna melhores como seres humanos. A beleza e tudo que ela parece proporcionar é fugaz. E o tempo, por fim, revela os verdadeiros valores – aqueles que valem a pena.
Um comentário:
Realmente a vaidade é uma coisa perigosa, principalmente para nós mulheres.
Gosto da colocação suscinta do Pr. Erton: "devemos cuidar do exterior e investir no interior."
É Ronaldo, passei de curiosa no seu blog e gostei.
Vou adicionar aos meus favoritos.
Um abraço.
Denise Fontes
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