Numa de minhas últimas aulas falei sobre os personagens que assumimos para a convivência em sociedade. Cada um de nós precisa de uma certa maquiagem para se relacionar. Não se trata necessariamente de uma máscara, de viver uma mentira. Apenas ter atitudes convenientes para preservar o outro e a nós mesmos.
É verdade que algumas pessoas assumem máscaras. Mostram uma cara, mas são totalmente diferentes daquilo que procuram revelar. Isto é nocivo. Patológico. Precisa de tratamento.
Entretanto, para o bom relacionamento em sociedade temos que assumir personagens. Faz parte do manual básico de convivência. Por exemplo, se alguém te convida para jantar e a refeição não está das mais saborosas, por delicadeza você não vai dizer que a comida estava ruim.
Quando sua esposa/namorada corta os cabelos e chega toda feliz da vida em casa, tudo que você não deve fazer é dizer que ficou feio. Além de acabar com a alegria dela, você vai chateá-la. Algo totalmente desnecessário. Afinal, o cabelo já está cortado e não há muito o que fazer a não ser aceitar o novo visual.
Essas são práticas simples, básicas, que não tornam você um mentiroso. Pelo contrário. Vão inclusive ao encontro da recomendação bíblica de que devemos ser cautelosos no falar. Delicados ao falar. E mais que isso, não devemos falar demais.
No entanto, muita gente sofre de incontinência verbal. São pessoas que justificam: “isso é da minha personalidade. Eu sou assim mesmo. Eu falo o que penso”. Claro, todo mundo tem direito de falar o que quer, mas essa não deveria ser a nossa atitude. Essa pseudo-sinceridade magoa, entristece e não traz felicidade. Portanto, se você mantém o hábito de falar tudo que vem à mente, sugiro que repense seus valores. Sugiro que reflita mais de dez vezes antes de abrir a boca - ou escrever. O outro não tem a obrigação de ouvir seus acessos de sinceridade…
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