O FATO PENSADO de hoje destaca um assunto que está na revista Viva Saúde... Vamos falar sobre medo de dirigir.
Você sabia que pelo menos 10% dos motoristas no Brasil deixam o carro na garagem por medo de dirigir?
Pois é. Embora muita gente passe boa parte da infância e adolescência sonhando dirigir, o automóvel, objeto de desejo para muitos e sinal de status e poder para outros tantos, também pode trazer consigo uma doença ainda vista com preconceito, a fobia de dirigir.
Bem, o medo é uma manifestação normal diante de situações que são ameaçadoras para as pessoas. Mas se esse medo for exagero, já é considerado por fobia. Ou seja, trata-se de um medo patológico – que precisa de tratamento.
No caso do medo de dirigir, muitas pessoas costumam associar essa fobia a algum trauma ocorrido em acidente, à morte de um ente querido no trânsito... Esse tipo de fobia até se justifica, já que o trauma é mesmo uma situação que promove na pessoa um registro psicológico negativo. Então, toda vez que essa pessoa revive aquela má experiência em sua vida, este pavor é acionado.
Acontece que muitas pessoas que têm medo de entrar no carro e enfrentar as ruas não sofreram anteriormente nenhum acidente de carro e nem mesmo perderam familiares nas ruas e estradas.
Segundo a psicóloga Cecília Bellina, esse tipo de fobia é simples de identificar. Basta observar que quem tem o problema geralmente tem o carro na garagem, mas prefere andar a pé. Quase sempre, essas pessoas têm medo de pegar o carro e atrapalhar o trânsito.
Já a psicóloga Neuza Corassa ressalta que essas pessoas também têm dificuldades em se expor publicamente; têm medo de errar na frente dos outros; ser criticadas; passar por testes e ser ridicularizadas.
Os especialistas concordam numa coisa: quem tem fobia de dirigir precisa de tratamento. Quase sempre é preciso procurar ajuda externa. Ou seja, essas pessoas carecem de terapia psicológica para superar o medo.
Entretanto, algumas dicas também ajudam. Vamos a elas:
Primeiro, antes de pegar o carro, trabalhe a respiração e tente controlar a ansiedade. Segundo, faça atividade física ou relaxamento muscular. Isso ajuda a neutralizar o estresse e a ansiedade.
Terceiro, dentro do carro, ajuste o banco, sinta o espaço interno, ligue e desligue o motor algumas vezes, tentando manter-se relaxado.
Quarto, ainda na garagem, ligue o carro e faça pequenos movimentos para frente e para trás. Depois, dê algumas voltas no quarteirão. Escolha ruas com pouco movimento. De preferência, sem a presença de crianças.
Quinto, crie o hábito de, pelo menos duas vezes por semana, fazer esse tipo de atividade. Sexta e última dica: quando tiver mais a vontade, vá um pouco mais longe; mas não dirija por lugares pouco conhecidos.
Apenas um último toque: não se assuste com os sinais do corpo. No começo, tremedeiras, sudorese e taquicardia vão incomodar um pouco. Com a prática, vão diminuir.
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