O FATO PENSADO de hoje discute os limites entre a vida real e virtual. Talvez o assunto, para você pai, para você mãe que me ouve, não seja tão familiar assim. Entretanto, é muito provável que seus filhos conheçam tudo de um novo, o chamado mundo virtual...
O uso das novas tecnologias, entre elas a internet, é uma febre entre crianças, adolescentes e jovens. E é nesse universo que muitos deles experimentam as chamadas drogas virtuais, que prometem os mesmos efeitos das drogas reais, mas "sem fazer mal". Mas será que é assim mesmo?
Uma reportagem publicada no site da Johnson e Johnson do Brasil aponta que o mundo virtual está cada vez mais parecido com a realidade. Prova disso são os ambientes em que a gente cria personagens e vive uma outra vida como se ela fosse verdadeira. Mas, nesse faz-de-conta, algumas novidades provocam polêmicas. É o caso das drogas virtuais, que prometem os mesmos efeitos dos alucinógenos reais, mas sem seus efeitos nocivos.
À primeira vista, o conceito das drogas virtuais parece bastante inofensivo - sendo visto com descrença por muitos especialistas: cada dose é, na verdade, um arquivo musical que traz uma série desconexa de sons. Essa freqüência provocaria uma alteração momentânea de nossas ondas cerebrais, produzindo sensações de relaxamento, euforia, hipersensibilidade, mudança de humor, etc.
Para dar certo, os criadores de um dos site mais conhecidos do segmento alertam que é preciso ouvir a "dose" através de fones de ouvido estereofônicos. A explicação para essa curiosa exigência remete a uma técnica criada em 1839 pelo físico Heinrich Dove, chamada de batidas bineurais.
A técnica mostrou que, se cada um dos ouvidos for exposto a uma freqüência semelhante, mas não igual, nosso cérebro produziria uma nova freqüência, que seria capaz de alterar o estado de consciência.
Acontece que essas drogas virtuais, que chegam até os ouvidos de nossos filhos, possuem alguns efeitos colaterais.
Uma conseqüência possível é o desenvolvimento de um comportamento compulsivo. E aqui um detalhe muito importante, também pessoas que ficam horas e horas diante da internet e dos jogos em geral podem desenvolver comportamentos compulsivos.
Outra conseqüência do uso das chamadas drogas virtuais é que algumas pessoas acabando ficando com vontade de experimentar drogas verdadeiras. Ou seja, ao experimentar alguns efeitos das drogas virtuais, elas são estimuladas a procurar as drogas reais a fim de sentirem de forma mais intensa os efeitos das drogas.
Concluindo, é importante lembrar que, sob o ponto de vista legal, vender "drogas virtuais" não é proibido, pois elas não passam de arquivos sonoros. Entretanto, os pais devem ficar sempre atentos ao que os filhos andam fazendo na internet: o diálogo em família é o melhor antídoto para livrar os filhos de perigos reais ou virtuais.
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