Esta é uma pergunta que faço a mim mesmo todas as vezes que encontro alguém que está sofrendo muito. Algumas pessoas parecem ter um dom especial... Sabem o que dizer, conseguem ser relevantes nos momentos de dor. Essas pessoas parecem anjos de Deus, capazes de aliviar o sofrimento.
Estou longe de ser essa pessoa. Sou racional demais. Frio demais para tornar mais leve a dor de quem precisa de ajuda.
Entretanto, tenho descoberto coisas interessantes. Quero compartilhar um pouco com você. Tenho lido a obra “Onde está Deus quando chega a dor”. Trata-se de um livro do premiado escritor cristão Philip Yancey.
Nessa obra, o autor compartilha algumas lições que ele mesmo aprendeu após exaustiva pesquisa.
Uma delas é de que, para quem sofre, nada é mais importante que saber que ainda se tem amigos. Não são as palavras que fazem a diferença. É a demonstração clara de que se está disponível, interessado em ajudar.
Mas precisa ser alguém disponível que saiba reconhecer que, às vezes, o silêncio é mais importante que um discurso. Philip Yancey destaca que, nos momentos de sofrimento, não são os filósofos que são lembrados, pois não é o muito falar que ameniza a dor.
Quem tenta explicar a dor quase sempre provoca mais sofrimento.
A pessoa que sofre geralmente tem a sensação de que Deus a abandonou. Então, é neste momento que somos chamados a mostrar o amor que Deus não parece demonstrar. Para isso, não precisamos de discursos. Só devemos estar disponíveis. Só temos necessidade de ser o mais natural possível. Na dor, a pessoa quer perceber que a amizade que tinha não mudou.
Demonstrar pena, lamentar, reclamar, dizer frases chavões do tipo “Deus sabe o que faz”... Isto tudo, pouco ajuda. Como eu disse, é preciso ser o mais natural possível.
Se você sempre foi um contador de piadas, mantenha o mesmo comportamento com esse amigo. Se costumavam fazer orações juntos, tenha a mesma atitude. Se gostavam de se reunir para bater papo, tente continuar com essa rotina – procure por alguns momentos esquecer a doença, a perda, a morte que provou o sofrimento.
Philip Yancey faz uma ótima analogia com o comportamento dos pais diante de algum acidente com os filhos. Quando a criança chega chorando, o que fazemos? Geralmente a abraçamos carinhosamente e simplesmente dizemos: “O que foi que aconteceu? Eu estou aqui. Fique calmo”. Nós ouvimos sua reclamação, sua dor. E respondemos com nosso carinho e atenção. Portanto, se quiser ajudar, saiba que o sofredor precisa mesmo é do abraço, da verdadeira amizade.
Um comentário:
Muito bom o texto, bem interessante, isso que vc falou eu ja venho notando com minha vida, e é bem verdade. Tem pessoas q n servem p momentos de dor. Elas vem com aquele papo, "ah tem gente sem perna sem comida" como se isso ajuda-se, mas só piora, dai vc alem de triste fica c remorso.
Seria legal eu publicar seu post no nosso site, caso vc autorize. obrigado.
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