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O que leva um pai não sentir nenhuma falta do filho? Esta pergunta que eu faço a você, eu fiz pra mim... Esta pergunta eu tentei responder pra mim mesmo.
Nesta semana, ao entrar na sala dos professores da faculdade onde leciono, ouvi uma conversa entre dois colegas. Uma professora perguntou a um colega sobre o filho de nove anos... Ele é separado da mulher e, por isso, raramente vê o menino.
A professora perguntou: mas você não sente falta do garoto? Friamente, esse meu colega de profissão simplesmente respondeu: não, eu não sinto nenhuma falta dele.
Caro amigo, eu senti uma tremenda dor no coração. De imediato, lembrei dos meus filhos e pensei “eu não conseguiria viver um único dia distante deles”.
Sabe amigo, o comportamento desse meu colega de trabalho é o mesmo de milhares de outros pais e até mães. Alguns estão separados fisicamente dos filhos, em função de um divórcio. Outros estão separados dos filhos vivendo em suas próprias casas.
O abandono dos filhos ou o desamor pelas crianças é evidente em muitos lares. O que dizer desse fenômeno recente que estamos presenciando? Mães que jogam filhos pela janela de prédios... No sábado passado, dia 5, uma menininha de quatro anos caiu do terceiro andar de um shopping... Há cerca de 15 dias, uma mãe de Curitiba jogou um bebê de oito meses pela janela do prédio. E depois disse a polícia que precisava se livrar do pacote... E tem ainda o caso mais conhecido... o da menina Isabella, de seis anos, jogada do sexto de um prédio de São Paulo.
São casos de desamor... Crianças viram pacotes, objetos descartáveis... É claro que nem todos pais saem jogando filhos pela janela, mas às vezes fazem coisas tão graves quanto, por simplesmente ignorarem que as crianças existem e que precisam ser amadas.
Qual a conseqüência? A conseqüência está diante dos nossos olhos: crianças que crescem sem nenhum referencial de pai, sem nenhum referencial de mãe e, por isso mesmo, são adotadas pelo mundo. Mas essa adoção não é nada afetiva. Essas crianças não amadas por seus pais geralmente tornam-se adolescentes e jovens frustrados, ansiosos e, pior que isto, tornam-se muitas vezes pessoas criminosas.
Não é difícil observar as estatísticas. Acompanhe os números de sua cidade. Você vai notar que a cada ano sobe o número de homicídios e latrocínios em 15% ou 20%. As estatísticas dos furtos e roubos também estão em disparada. Hoje, praticamente não existem mais cidades seguras. Por exemplo, entre as capitais do Brasil, até três ou quatro anos atrás, Curitiba era uma cidade considerada segura. A escalada da violência foi tão grande na capital paranaense que, dia desses, uma leitora comentou no site da Folha de São Paulo: Curitiba é uma cidade de dar pena...
Talvez alguém possa até dizer: o Ronaldo está exagerando... Bem, eu acredito que não. Os números estão aí. E as pesquisas científicas também apontam na mesma direção. A violência quase sempre está relacionada à falta de referenciais familiares... Quase sempre está relacionada ao crescimento de uma criança que nunca soube o que ser amado por um pai, o que ser amado por uma mãe...
E esse fenômeno social têm uma explicação bíblica: a Palavra do Senhor diz que, nos últimos dias, o amor se esfriaria. Por que as pessoas não sentem falta dos filhos? Porque não amam seus filhos. Porque alguém comete um crime? Porque não se sente amado, não ama sua própria vida e não consegue amar o outro. Na prática, essa pessoa não aprendeu a amar.
Concluindo, obviamente existem outras variáveis que influenciam na escalada do crime. Mas não podemos negar que filhos sem pais estão muito mais suscetíveis a serem adotados por criminosos...
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