Blog do Ronaldo

sexta-feira, julho 04, 2008

Vida apressada...


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O FATO PENSADO de hoje quer falar sobre a impressão que temos de que o tempo está passando rápido demais. Digo que é uma impressão, porque as 24 horas do dia são as mesmas pra todo mundo. São as mesmas 24 horas que tínhamos no passado...

Agora, preste atenção, não parece que as festas do Natal, do Ano Novo, foram realizadas dia desses? Eu às vezes fico assustado ao fazer as contas e ver que seis meses passaram depressa demais. Não dá nem pra saber direito o que fizemos nesses seis meses. Corremos, corremos e o que conquistamos? Cansaço e frustração.

Mas, por que o tempo está passando ligeiro? A conclusão é fácil... O tempo passa depressa porque estamos vivendo tudo muito superficialmente.

Pense um pouco... Quando foi a última vez que você ficou na mesa por pelo menos quarenta, quarenta e cinco minutos apenas apreciando a refeição? Sem levantar para atender o telefone, sem falar ao celular, sem ligar a televisão... apenas apreciando a refeição e a companhia da família?

O tempo passa depressa porque estamos ocupados demais. Li dia desses um texto da escritora Gisele Rao, na revista Uma. Ela comentou o nosso jeito de viver... Gisele Rao destacou: hoje, enquanto andamos na rua, falamos ao telefone. Enquanto conversamos com os amigos, checamos os emails na internet. Enquanto caminhamos, ouvimos música... Ou seja, nos tornamos cada vez mais desassossegados. E tem um detalhe: se a gente não faz sempre duas ou três coisas ao mesmo, ainda achamos que somos inúteis.

Caro amigo, o nosso grande problema é nossa inquietação. Estamos ansiosos. Queremos fazer tudo ao mesmo, porque pretendemos chegar a um lugar que sequer conhecemos.

Trabalhamos tanto para ter segurança, mas não sabemos exatamente que segurança queremos e quando a alcançaremos.

Nossa pressa nos impede de experimentar o amor que sentimos por pessoas especiais, como nossa esposa ou esposa, nossos filhos, nossos pais... Amamos com atropelo e cultivamos fantasias de viver grandes amores. Nunca os teremos, pois estamos ocupados demais que não percebemos que já temos pessoas maravilhosas para amar, mas que são preteridas em nome da nossa necessidade de fazer sempre mais.

Mas será que tem um jeito de parar tudo e experimentarmos o melhor da vida? Talvez sim. Entretanto, se pretendemos abrir mão de viver apressadamente, temos que aprender a ter um outro ritmo. E mais que isso: será necessário resistir a pressão de todos os demais que vão olhar pra nós e nos classificar como alienados, folgados ou até mesmo preguiçosos.

É uma questão de escolha...

Também será preciso acreditar mais numa promessa de Cristo. Ele certa vez disse que não deveríamos nos preocupar tanto com o dia de amanhã. Cristo lembrou que se até as aves são protegidas por ele, nós – que somos a obra-prima da criação - não teríamos os cuidados dEle?

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