Blog do Ronaldo

terça-feira, agosto 05, 2008

Fato Pensado: planejamento familiar

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Na edição do dia 30 de julho, a revista Veja trouxe como destaque de capa uma reportagem sobre a taxa de fecundidade no Brasil. O assunto é relevante e revelador. Se você leu a revista, deve ter percebido que a taxa de fecundidade no Brasil caiu. Hoje, em média, cada família brasileira tem 1,8 filho. Ou seja, é menos de dois filhos por família.

Existem algumas razões para essa mudança no perfil da família brasileira. Entre os motivos estão a inserção da mulher no mercado de trabalho. Para conciliar emprego e família, a mulher precisa ter poucos filhos. Outro motivo é a influência dos meios de comunicação. As novelas brasileiras geralmente apresentam nas tramas famílias de poucos filhos. Isto acaba por criar um referencial para o telespectador. Outra preocupação dos casais é com a capacidade de proporcionar aos filhos uma boa educação, lazer etc. Como geralmente se associa filho com dinheiro, a questão financeira pesa e as famílias escolhem ter menos filhos.

Bem, sob o ponto vista bíblico, não há problemas no planejamento familiar. Embora Deus tenha dito, no início da história humana, “cresceu e multiplicai-vos”, a ordem divina não pode ser aplicada de forma descontextualizada. Isto quer dizer que não há pecado algum em planejar uma família menor. Deus não quer que seus filhos se reproduzam ao ponto de terem 10, 15 filhos nos dias atuais.

Entretanto, cabe aqui uma orientação importante. Se a média brasileira é de 1,8 filho por família, significa que muita gente tem escolhido ter um único filho. E aqui está algo que considero extremamente perigoso. Famílias com filho único estão estimulando o desenvolvimento de uma sociedade hedonista, movida pela busca dos prazeres imediatos; uma sociedade formada por indivíduos egoístas e pouco dispostos a exercer plenamente o amor ao próximo.

Você não precisa fazer muito esforço para notar o quanto já somos individualistas por natureza. Pensamos demais em nós e quase nada nas pessoas que nos cercam.

Famílias de filho único estão criando reizinhos, futuros ditadores, pessoas incapazes de lidar com frustrações. Portanto, embora existam vários aspectos positivos na redução da taxa de fecundidade brasileira, inclusive do ponto de vista econômico, é preciso repensar alguns valores. Filho único é mais sujeito a se tornar um indivíduo mimado. Filho único pode se tornar depressivo, em função da solidão que sente. E pode ter outros problemas... Geralmente é uma pessoa mais frágil... É um indivíduo tímido, outras vezes, tirânico; também tem dificuldades de relacionamento... E ainda está mais sujeito a ser uma pessoa rebelde...

Caro amigo, não tenho aqui a pretensão de ditar a você um modelo familiar. Como se diz por aí, cada um sabe onde o sapato aperta... Mas gostaria que entendesse o desserviço à sociedade que você pode estar fazendo ao optar por ter um único filho.

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