Hoje quero voltar a falar sobre a família. Quero destacar uma preocupação com um tema em especial: o destino de filhos de pais separados.
Dia desses, indiquei alguns prejuízos que a separação pode causar. Entretanto, quero voltar ao tema. Em minhas pesquisas, encontrei uma edição de maio de 2007 que trata do assunto.
A revista começa falando sobre o crescimento do número de divórcios... Mas o foco principal da discussão é outro. A Veja ressalta que no mesmo compasso em que aumentam as separações, também crescem os problemas com os filhos de pais divorciados.
A Justiça até tenta amenizar o problema. Para isso, são cada vez mais comuns as decisões judiciais que contemplam a chamada “guarda compartilhada” - aquela onde o pai e a mãe acertam os dias da semana em que ficarão com a criança.
Embora a Justiça tente amenizar o trauma, uma separação sempre traz problemas psicológicos para a criança. E não apenas para os mais pequenos; adolescentes e jovens também sofrem. A edição da Veja que eu citei mostra exemplos de jovens que hoje processam o pai por abandono - o pai separou da mãe e nunca mais visitou o filho.
Por mais absurdo que isso possa parecer, trata-se de um fato recorrente. Não são raros os casos de pais separados que abandonam seus filhos.
Tenho dito aqui que somos seres relacionais. Nossa formação depende muito das relações que mantemos com as pessoas próximas. Mais que outras, o pai e a mãe são as pessoas mais importantes nesse processo de formação.
Por isso, entendo como irresponsável o casamento entre pessoas que não estão, de fato, dispostas a pagar o preço que a união exige. A paquera, namoro, noivado, enfim, o período que antecede o casamento serve para que as duas pessoas se conheçam e possam perceber se há chance de sucesso numa vida em comum; após a oficialização da união, também é importante que haja um tempo para os dois - depois disso, é que devem vir os filhos.
Essa loucura que a sociedade atual enfrenta (com o consumo de drogas, criminalidade etc) é também responsabilidade de todos que entendem que vale apenas a própria felicidade. Muitos dos problemas enfrentados pela sociedade contemporânea sao culpa de gente que ignora as conseqüências que certas atitudes têm sobre os filhos. Essas crianças, adolescentes e jovens não têm culpa nenhuma da escolha dos pais. Mas, infelizmente, homens e mulheres que ignoram as conseqüências de seus atos sobre seus filhos são culpados de transformar crianças indefesas em adultos traumatizados, quando não, envolvidos em vícios e até mesmo crimes.
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