Blog do Ronaldo

quinta-feira, dezembro 30, 2010

Nossa visão estereotipada de felicidade

Estamos chegando ao final de mais um ano e é impossível não se questionar: valeu a pena? Fui feliz?

Enquanto tento desenvolver este texto, ouço a reapresentação de uma das entrevistas que fiz no Questão de Classe. Nela, falávamos sobre a eterna busca pela felicidade. A primeira coisa que pensava acompanhando de novo o papo com a psicóloga Isla Gonçalves é: será que sabemos o que é felicidade?

De alguma forma, em função de tudo que a mídia nos apresenta, temos uma visão estereotipada da felicidade. A gente entende o ser feliz como resultado de conquistas. Transferimos felicidade para o ter coisas ou até pessoas. É feliz quem tem dinheiro, quem viaja, quem tem o melhor carro, a casa dos sonhos, a mulher mais bonita, tem vida sexual agitada, veste as melhores roupas etc etc.

Embora não seja simples definir a felicidade - e nem tenha a pretensão de fazê-lo -, sempre penso num estado de espírito em que exista paz interior, sensação de completude. Acontece que, nos dias em que vivemos, são experiências quase impossíveis. Portanto, ser feliz ou estar feliz parece-me resultado de uma vida para além dos prazeres - ainda que estes sejam importantes e necessários.

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