Blog do Ronaldo

sexta-feira, maio 25, 2007

O lado sombrio da competição

O FATO PENSADO de hoje trata de um assunto que é destaque na última edição especial da revista Exame. Hoje vamos falar sobre o lado sombrio da competição. Vamos falar sobre algo que é fundamental para conseguirmos nosso lugar ao sol no mercado de trabalho, mas que também tem revelado o que há de pior no lado humano.

Todos querem ganhar. A vontade de vencer, de provar-se o melhor e superar os rivais continua sendo um dos motores que empurram para frente esse velho conhecido, o capitalismo. É claro que nem todos conseguem.

Acontece que a luta para entrar no grupo dos que vencem leva homens e mulheres à excelência, mas, quando passa dos limites, pode tirar o que cada um tem de pior. Na tentativa de conquistar seus sonhos, muita gente rasga as regras em nome da vitória. Essa tendência se manifesta de diversas formas e em qualquer atividade humana. É o que leva esportistas a usar drogas que melhoram seu desempenho. É o que transforma músicos brilhantes em plagiários. É o que faz pessoas ignorarem a importância da amizade e do respeito e ao outro. É que o faz muita gente praticar fraudes na empresa para enriquecer um pouco mais ou para conseguir um dinheiro fora do orçamento mensal...

No mundo coorporativo, embora seja um assunto evitado, até a espionagem industrial tem sido utilizada por algumas empresas. A intenção é sempre a mesma: bisbilhotar as atividades dos concorrentes para conseguir manter-se ou chegar no topo – ou seja, engordar ainda mais os lucros.

Caro amigo da Novo Tempo, essa é a realidade em que estamos. Todos nós ouvimos diariamente diferentes recomendações sobre o que fazer para nos tornarmos competitivos e obtermos o tão almejado sucesso profissional. Livros sobre liderança, gestão de empresas, motivação e sucesso estão disponíveis em todas as livrarias. Revistas especializadas no tema também são encontradas em qualquer banca de nossas cidades. Tudo isso é bastante interessante e nos ajuda a melhorar profissionalmente.

A revista Exame, por exemplo, trata das questões empresariais de forma fantástica; a Você S.A aborda com precisão os temas ligados a profissionalização das pessoas.

Mas como equilibrar a competição coorporativa com a ética? Devemos deixar de competir e agirmos passivamente esperando que as coisas venham a cair do céu? É claro que não. Precisamos nos preparar, investir em nossa carreira, acessar diferentes formas de conhecimento, mas em nenhum momento podemos deixar de entender o que é um comportamento ético.

É fácil ter ética no mundo dos negócios. Basta privilegiar em nossa vida os princípios deixados por Jesus. Nós cristãos também somos convidados pelo Criador a buscarmos a excelência. Mas nosso Senhor nos orienta a sermos vencedores mantendo o amor, o respeito aos outros; alimentando a fé, sendo verdadeiros...

Concluo dizendo o seguinte: nossa vitória terrena não terá nenhum valor se atropelarmos as regras. Nossa vitória não terá nenhum valor se fecharmos os olhos para a essência do cristianismo.

quarta-feira, maio 16, 2007

Tempo para "fazer nada"

O assunto de hoje no FATO PENSADO é a necessidade que todos nós temos para não fazer nada. Isso mesmo, para ficar, como dizem por aí, de “papo para o ar”.

O tema de nosso programa foi abordado no site da Johnson & Johnson no Brasil.

Bem, vamos lá...

Sabe aquele dia em que você mal levanta da cama e dá aquela imensa vontade de não sair dali? E quando você conta os segundos para a chegada do fim de semana para poder ficar em casa "fazendo" absolutamente nada? É amigo, com a vida agitada da semana é natural ansiarmos por um tempo de descanso. Mas hoje, com tantas opções de lazer, é raro alguém ficar de "pernas para o ar" durante as horas vagas.

As férias são planejadas com viagens, passeios, festas e uma infinidade de diversões vendidas pela mídia como uma maneira para se livrar do estresse. Percebeu que mesmo nas horas livres sentimos uma imensa necessidade de preencher o tempo com alguma atividade? Conclusão: os momentos que foram feitos para relaxar acabam nos deixando mais cansados.

Por isso, não se intimide em se entregar ao ócio como uma maneira de aproveitar realmente a folga. E não pense no ócio como coisa de preguiçoso, mas sim como um espaço de tempo reservado para descansar. Especialistas defendem que essa folguinha do trabalho cotidiano faz bem ao corpo e à mente.

Para os gregos, o ócio era um exercício elevado praticado por filósofos e dedicado à reflexão e à sabedoria. Desde a Modernidade, o ócio passou a ser associado à inutilidade, improdutividade, vadiagem e preguiça.

Não é de se estranhar que o homem moderno não consiga dedicar parte de seu dia ao "fazer nada". O homem moderno tem verdadeiro pânico do vazio. Por quê? Porque é esse “fazer nada” que nos induz a pensar, a questionar e refletir sobre nossas ações, sentimentos. Para muitos, essa situação causa um certo desconforto.

Mas, caro amigo, sem medo de se sentir o ser mais preguiçoso do planeta, renda-se ao "fazer nada". A hora da preguiça pode ser um momento de contemplação, uma soneca depois do almoço, dormir até mais tarde no fim de semana, fazer uma caminhada sem compromisso, passar o domingo deitado na rede ou até mesmo esparramar-se na grama e observar o céu cheio de estrelas.

Na verdade, o importa mesmo é o prazer que a atividade escolhida lhe proporciona. Quando for planejar seu próximo dia de folga, pense em quais são suas reais necessidades. Afinal, quando não está de folga, você faz muito o que os outros querem. Então, durante suas horas vagas, dedique-se a fazer só o que você quer!

quarta-feira, maio 09, 2007

A música na vida do bebê

O FATO PENSADO de hoje fala sobre a importância da música na vida da criança. O assunto é destaque da revista Meu Nenê, edição de maio.

Todos nós guardamos lembranças de episódios de nossa infância marcados por alguma música. Talvez seja uma cantiga de roda, uma canção de ninar ou outra música da época. É como se algo que estava guardado no fundo de nossa memória viesse à tona quando as notas iniciam.

Por conta disso, especialistas já notaram que a música é importante inclusive para a formação do bebê, ainda na barriga da mãe. Segundo eles, é possível introduzir a música na vida da criança, já entre a 24ª e a 28ª semana de gestação, quando o processo neurofisiológico da audição do feto está praticamente completo. Essa prática não tem o objetivo de formar pequenos músicos, mas o de contribuir para o desenvolvimento integral do bebê, ou seja, nos aspectos emocionais, éticos e comunicativos. "Inúmeras pesquisas mostram que auxilia nos desenvolvimentos da percepção sensorial, da motricidade, da cognição, da linguagem e da expressão".

Outro benefício da musicalização é promover o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho ainda na gestação. Isso porque já é possível a comunicação entre eles; inclusive o bebê pode ficar tranqüilo ou agitado - de acordo com a voz materna, ao cantar uma música de ninar ou brincar, por exemplo.

Fora da barriga, essa vivência musical deve continuar, uma vez que o bebê irá sentir a mesma sensação de aconchego e amor de quando estava no útero. Por isso, em casa, é sugerido aos pais usarem a música a seu favor nas tarefas do bebê, como o banho, a hora de dormir, massagem, etc.

Depois que o bebê nasce, é recomendado aos pais cantarem os sons que marcaram sua infância ou suas preferidas hoje e não apenas músicas infantis.

Mais do que a música em si, é a voz materna o foco do trabalho de alguns especialistas no assunto. Alguns dizem que durante a gravidez, a voz da mãe é melhor ouvida pelo bebê do que o som dos instrumentos. Desafinada ou não, o bebê gosta muito, e se sente seguro ao ouvir a voz da mãe.

Dentre todos os estímulos sonoros expostos ao bebê durante a gravidez, a voz materna contribui para o desenvolvimento das primeiras formas de interação, para a estimulação neurológica, psíquica e social, além de trazer bem-estar para a gestante.

Portanto, você que é mãe ou ainda pretende ser, fique atenta à importância da música na vida de seu pequeno. Fique atenta à importância do diálogo com a criança, mesmo antes dela nascer.

quarta-feira, maio 02, 2007

Medo de dirigir

O FATO PENSADO de hoje destaca um assunto que está na revista Viva Saúde... Vamos falar sobre medo de dirigir.

Você sabia que pelo menos 10% dos motoristas no Brasil deixam o carro na garagem por medo de dirigir?

Pois é. Embora muita gente passe boa parte da infância e adolescência sonhando dirigir, o automóvel, objeto de desejo para muitos e sinal de status e poder para outros tantos, também pode trazer consigo uma doença ainda vista com preconceito, a fobia de dirigir.

Bem, o medo é uma manifestação normal diante de situações que são ameaçadoras para as pessoas. Mas se esse medo for exagero, já é considerado por fobia. Ou seja, trata-se de um medo patológico – que precisa de tratamento.

No caso do medo de dirigir, muitas pessoas costumam associar essa fobia a algum trauma ocorrido em acidente, à morte de um ente querido no trânsito... Esse tipo de fobia até se justifica, já que o trauma é mesmo uma situação que promove na pessoa um registro psicológico negativo. Então, toda vez que essa pessoa revive aquela má experiência em sua vida, este pavor é acionado.

Acontece que muitas pessoas que têm medo de entrar no carro e enfrentar as ruas não sofreram anteriormente nenhum acidente de carro e nem mesmo perderam familiares nas ruas e estradas.

Segundo a psicóloga Cecília Bellina, esse tipo de fobia é simples de identificar. Basta observar que quem tem o problema geralmente tem o carro na garagem, mas prefere andar a pé. Quase sempre, essas pessoas têm medo de pegar o carro e atrapalhar o trânsito.

Já a psicóloga Neuza Corassa ressalta que essas pessoas também têm dificuldades em se expor publicamente; têm medo de errar na frente dos outros; ser criticadas; passar por testes e ser ridicularizadas.

Os especialistas concordam numa coisa: quem tem fobia de dirigir precisa de tratamento. Quase sempre é preciso procurar ajuda externa. Ou seja, essas pessoas carecem de terapia psicológica para superar o medo.

Entretanto, algumas dicas também ajudam. Vamos a elas:

Primeiro, antes de pegar o carro, trabalhe a respiração e tente controlar a ansiedade. Segundo, faça atividade física ou relaxamento muscular. Isso ajuda a neutralizar o estresse e a ansiedade.

Terceiro, dentro do carro, ajuste o banco, sinta o espaço interno, ligue e desligue o motor algumas vezes, tentando manter-se relaxado.

Quarto, ainda na garagem, ligue o carro e faça pequenos movimentos para frente e para trás. Depois, dê algumas voltas no quarteirão. Escolha ruas com pouco movimento. De preferência, sem a presença de crianças.

Quinto, crie o hábito de, pelo menos duas vezes por semana, fazer esse tipo de atividade. Sexta e última dica: quando tiver mais a vontade, vá um pouco mais longe; mas não dirija por lugares pouco conhecidos.

Apenas um último toque: não se assuste com os sinais do corpo. No começo, tremedeiras, sudorese e taquicardia vão incomodar um pouco. Com a prática, vão diminuir.