Blog do Ronaldo

segunda-feira, agosto 31, 2009

Trabalhando muito... Correndo atrás do vento

Vi hoje um estudo que revela o desejo dos trabalhadores de se aposentarem aos 55 anos. Na verdade, metade dos entrevistados respondeu que gostaria de parar de trabalhar nessa idade. É compreensível. Também não acharia ruim me aposentar aos 55. Gosto de trabalhar, sou apaixonado pelo que faço, mas não ter que me preocupar com trabalho; pelo contrário, ter uma renda garantida aos 55 anos, me parece algo bastante razoável.

Esse desejo de se aposentar numa idade ainda produtiva tem algumas razões. Entendo que a maioria das pessoas trabalha mais que gostaria. Todo mundo precisa trabalhar, sente-se produtivo. Mas a jornada de trabalho geralmente vai além do limite físico. Por conta disso, falta tempo para família, lazer, relacionamentos. Com isso, planos e projetos são feitos para o período da aposentadoria.

As pessoas passam a viver em função disso. Trabalham, trabalham e ficam sonhando com o que farão quando se aposentarem. Aquela viagem dos sonhos, o aprendizado de uma atividade nova - pintura, música etc -, o exercício físico, enfim, tudo vai sendo transferido para o pós-aposentadoria.

Logo, é compreensível que as pessoas queiram parar de trabalhar aos 55 anos. Estão cheias de planos. Querem realizá-los, mas sabem que a rotina do dia-a-dia as consomem. É necessário se aposentar. Mas tem que ser numa idade em que a vida esteja plena. Ainda haja tempo para conquistar o que hoje não se pode alcançar.

Entretanto, embora o desejo de aposentar exista, pouca gente poderá cruzar os braços numa fase tão produtiva da vida. Com o envelhecimento da população, sabe-se que as demandas da Previdência Social são crescentes. Não há dinheiro para bancar tanta gente sem fazer nada, recebendo mensalmente do governo. Por isso, há projetos engavetados de reforma da previdência... Todos eles contando com uma idade mínima para aposentadoria acima dos limites da legislação atual.

Portanto, quem vive sonhando em realizar projetos apenas quando se aposentar está deixando de viver. Na verdade, está abrindo mão do aqui e agora. Poderíamos ainda dizer, que essas pessoas estão perdendo a chance de experimentarem o projeto de Deus. E eu me incluo neste grupo. Afinal, também trabalho demais, corro muito e tenho deixado a vida passar.

No entanto, temos que reconhecer que o tempo é este. Tudo mais, como diz o sábio Salomão, é vaidade. É correr atrás do vento.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Republicando... Manual de Convivência

Este tema foi reprisado ontem na Novo Tempo. Alguns ouvintes e leitores pediram que voltasse a disponibilizar o texto. Cá está...

Numa de minhas últimas aulas falei sobre os personagens que assumimos para a convivência em sociedade. Cada um de nós precisa de uma certa maquiagem para se relacionar. Não se trata necessariamente de uma máscara, de viver uma mentira. Apenas ter atitudes convenientes para preservar o outro e a nós mesmos.

É verdade que algumas pessoas assumem máscaras. Mostram uma cara, mas são totalmente diferentes daquilo que procuram revelar. Isto é nocivo. Patológico. Precisa de tratamento.

Entretanto, para o bom relacionamento em sociedade temos que assumir personagens. Faz parte do manual básico de convivência. Por exemplo, se alguém te convida para jantar e a refeição não está das mais saborosas, por delicadeza você não vai dizer que a comida estava ruim.

Quando sua esposa/namorada corta os cabelos e chega toda feliz da vida em casa, tudo que você não deve fazer é dizer que ficou feio. Além de acabar com a alegria dela, você vai chateá-la. Algo totalmente desnecessário. Afinal, o cabelo já está cortado e não há muito o que fazer a não ser aceitar o novo visual.

Essas são práticas simples, básicas, que não tornam você um mentiroso. Pelo contrário. Vão inclusive ao encontro da recomendação bíblica de que devemos ser cautelosos no falar. Delicados ao falar. E mais que isso, não devemos falar demais.

No entanto, muita gente sofre de incontinência verbal. São pessoas que justificam: “isso é da minha personalidade. Eu sou assim mesmo. Eu falo o que penso”. Claro, todo mundo tem direito de falar o que quer, mas essa não deveria ser a nossa atitude. Essa pseudo-sinceridade magoa, entristece e não traz felicidade. Portanto, se você mantém o hábito de falar tudo que vem à mente, sugiro que repense seus valores. Sugiro que reflita mais de dez vezes antes de abrir a boca - ou escrever. O outro não tem a obrigação de ouvir seus acessos de sinceridade…

quinta-feira, agosto 27, 2009

Ministros a serviço do próprio bolso

Sou cristão, mas às vezes sinto vergonha de dizer que pertenço a uma igreja.
O comportamento de certas denominações causa constrangimento.
Vi há pouco no blog da Nani a cópia de um folheto.
Numa parte dele, a imagem que você vê abaixo.

Infelizmente, ter uma igreja virou mesmo um bom negócio.
Com a promessa de bênçãos, prosperidade, tem muitos líderes enganando os fiés.
Serão cobrados naquele dia...

Nada inédito

Gente, não deu para gravar um programa novo para a Novo Tempo.
Hoje era dia de novidade na Rede.
Não deu...
Ontem, ficamos sem internet, telefone, rede...
Nossa dependência das tecnologias, deixa-nos na mão em alguns momentos.
Foi o que aconteceu.
O papo é uma reprise.
Uma boa reprise, já que apresento nosso "Manual de Relacionamentos".

terça-feira, agosto 25, 2009

Assédio sexual no consultório médico

Quem está seguro? Após as denúncias e prisão preventiva do médico Roger Abdelmassih, quem pode sustentar que não sente nenhum friozinho na barriga quando o tema é assédio sexual no consultório médico?

Por natureza, sou desconfiado. Desconfio de tudo e de todos. Obviamente, isto não me faz bem. Muitas vezes fico afastado das pessoas e gente com a qual poderia ter uma boa amizade também prefere manter comigo um relacionamento mais formal, pouco caloroso.

Essa minha desconfiança sempre me fez olhar para os consultórios médicos como um ambiente especializado para tratamentos de saúde, mas passível de revelar a face cruel do homem. Entendo que o médico deve ser um cidadão moral, ético – como qualquer outro. Contudo, exatamente por ser humano é frágil, fraco, capaz de agir impulsivamente, logo, criminosamente.

Caro leitor, não me entenda mal. Este texto não é uma declaração contra esses profissionais. Conheço dezenas deles, respeito-os, sei da seriedade e competência revelada no exercício de suas atividades. Não tenho nenhum elemento que possa colocar em xeque a idoneidade de médicos da nossa região. Mas ainda assim me pergunto: quem está seguro?

doutor_rogerRoger Abdelmassih era o médico das estrelas. Um homem conceituado. Amigo de Roberto Carlos, Hebe Camargo, Pelé; responsável pelo atendimento de gente do nível do ex-presidente Fernando Collor de Mello e a mulher, Caroline; Carlos Alberto de Nóbrega e Andréa; Moacir Franco e Daniela; o apresentador Gugu Libertado e a mãe de seus filhos, Rose. A lista é extensa. São mais de 7 mil bebês que vieram ao mundo por meio dos trabalhos realizados na clínica do especialista.

Entretanto, o fato de atuar há quase 40 anos, de ser um médico conceituado, a maior autoridade em reprodução assistida do país, dono de uma clínica poderosa, milionária, hoje, não representa absolutamente nada. Para as supostas vítimas do doutor Roger, tanta fama e poder só contribuíram para a disseminação do medo e do silêncio por tantos anos. Na prática, o status de Abdelmassih lhe deu uma autoridade que o mantinha imune a toda e qualquer acusação.

Ninguém ainda pode dizer que Roger Abdelmassih cometeu os crimes listados – estupro, assédio sexual e até mesmo pesquisas questionáveis, ilegais. Mas sua história contribui para causar medo. Afinal, o médico parece ser aquele ser deixado por Deus para auxiliar homens e mulheres a ter uma vida melhor – sofrer menos, aliviar a dor, realizar o sonho de ter um filho.

Quantos pacientes diariamente entram num consultório médico vendo ali um semi-deus? Alguém capaz de quase tudo? Por isso, sentem-se menores e colocam-se à disposição para realizar todo e qualquer tipo de procedimento. Então, como aceitar que nesse mesmo espaço convivam um anjo e um monstro?

Não há o que dizer a respeito da conduta médica. É desnecessário mencionar o código de ética. Tal código é só um documento. Ter formação numa determinada área não significa a vivência de artigos, incisos, parágrafos listados num papel qualquer. Este profissional, semelhante a outro, carece ser apenas um ser moral. No consultório, no balcão da loja, no guichê do banco, na publicação de uma notícia etc, espera-se apenas que não façamos ao outro aquilo que não gostaríamos que alguém fizesse a nós.

domingo, agosto 23, 2009

Mexi de novo no visual do blog

Desculpa aí...
Mexi de novo no visual do blog.
Estou vivendo minha eterna insatisfação com este espaço.
Quero que ele seja mais que um blog para divulgar os textos de rádio do Fato Pensado.
A ideia é dialogar com o leitor...
Apresentar-me como num diário aberto, sem censura.

Exagero?
Talvez.

Mas a proposta é construir algo que permita mais que manter um simples blog para se ler um texto ou outro que tenha causado interesse em quem me acompanha pela Novo Tempo.

sexta-feira, agosto 21, 2009

Uma música, uma mensagem

Gosto de Kirk Franklin. É verdade... Ele é polêmico, estiloso, desagrada os mais tradicionais, mas a música de Kirk alcança muita gente que nunca ouviria de Jesus por métodos, digamos, convencionais. Aqui disponibilizo uma bela canção, inspiradora.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Pais frouxos, filhos dominadores

Vivemos tempos de indisciplina. Total, irrestrita, ampla e, talvez, permanente. Não sei se poderia dizer que se trata do verdadeiro “mal do século”, mas a ausência de regras – ou a incapacidade de estabelecê-las – nos faz observar o crescimento de uma geração autoritária, dominadora.

Talvez o parágrafo acima revele uma visão catastrófica. Mas é assim que avalio o cenário construído pelos pais “modernos”. A mesma frouxidão moral que notamos na política, existe na esfera educacional doméstica. Pais frouxos, incapazes de fazer valer critérios básicos de comportamento.

Estou longe de ser um pai-modelo. E, distante de ter uma família-modelo. Entretanto, ainda entendo que adultos somos nós, pais. Crianças são crianças; seres em formação. A autoridade é nossa. Somos nós que temos mais vivência, experiência, discernimento. Não são as crianças. Elas são lindas, encantadoras, a “coisa mais lindinha do papai”, mas não mandam. Ou pelo menos não deveriam.

Na verdade, este é o problema. Elas não deveriam mandar. Contudo, tenho visto filhos com dois anos fazerem os pais de “gato e sapato”. É ridículo, mas fico notando mães correndo atrás de suas crianças, perdidas, desesperadas, descontroladas, incapazes de conter um ser tão pequeno. Afinal, quem é a mãe?

Como alguém de dois, três anos pode dominar completamente um adulto com mais de 20 ou 30 anos? Chega a ser engraçado vê-las gritando com suas crianças. Deixam os pequenos neuróticos, ainda mais agitados e irritadiços, mas não conseguem dar conta de dominar os filhos.

Pelo lado deles, os homens fazem “cara de paisagem”, alguns até tentam falar grosso, mas caem diante dos reizinhos após poucas frases teimosas ou de insistências. Também não são capazes de resistir ao charminho das crianças e acabam achando tudo bonitinho. Mal sabem eles que podem estar contribuindo para as crianças de hoje se tornarem monstros amanhã.

Muitos pais de hoje são frouxos, não porque deixarem de bater nos filhos. De maneira alguma. Dia desses ouvi uma mãe confessar a uma amiga: “não sei mais o que fazer. Já briguei, já bati, deixei de castigo, só falta espancar”. Detalhe, a fera a ser domada tem apenas dois anos. Esses pais são frouxos, pois são inseguros, incoerentes. Não possuem um projeto de educação para os filhos. Não tem nada a ver com correção física.

Na verdade, o que reina na proposta disciplinar das crianças é o amadorismo. É verdade que nenhuma delas vem com manual de instrução. Mas, se para tudo nos preparamos, por que a educação dos pequenos é feita na base do “achismo”? Vai dar errado mesmo. Os pais devem saber o que querem para os filhos. Precisam dialogar, estudar, conversar com gente que reúne condições de aconselhar e aplicar a disciplina em comum acordo. Quando a mãe diz algo, o pai sustenta. Mesmo se alguém estiver errado.

Os filhos reconhecem as contradições e conflitos disciplinares. Eles nascem “programados” para testar nossos limites. E, diferente de nós, são persistentes. Ganham fácil a disputa, se, do outro lado, não houver educadores prontos para o desafio. O processo disciplinar se dá numa arena entre gladiadores. No entanto, o cenário não é de briga. Não é uma luta para saber quem é o mais forte. É um embate, apenas porque de um lado está um pequeno ser que reclama desesperado por formação.

terça-feira, agosto 18, 2009

Programete apresentado na Rede Novo Tempo

Amigos, abaixo disponibilizo o audio do programete que foi ao ar pela Rede Novo Tempo.

Displicente

Gente, ando displicente com este blog. Não é fácil produzir para tantos espaços. Dar conta de produzir e manter no ar o principal jornal da maior emissora de notícias de Maringá, a CBN, preparar e dar aulas, manter um blog de comentários e notícias, o Twitter, escrever regularmente artigos para jornal e mais o Fato Pensado... Enfim, é tarefa árdua. Sem contar as atividades rotineiras na igreja.

Por isso, peço desculpas aos leitores por não dar atenção necessária a este blog. Às vezes, até mesmo os programas que vão ao ar na Rede Novo Tempo ficam fora deste espaço. Espero que tenham paciência enquanto vamos conciliando as tarefas e continuem nos visitando nesta "casa".

quarta-feira, agosto 12, 2009

Sexo está na lista de termos mais buscados pelas crianças na internet

Já disse aqui noutras ocasiões que pais que desconhecem as novas ferramentas tecnológicas e não controlam o conteúdo acessado pelos filhos vivem à margem da vida da molecada. Pois bem... Agora temos mais um estudo que reforça a tese de que os adultos ignoram o que suas crianças andam fazendo.

Uma pesquisa realizada pela companhia de segurança de computadores Symantec Corp identificou que "sexo" é o quarto termo mais buscado pelas crianças na internet. Junto com "sexo", aparece "pornografia". Assustador? Nem tanto. Eles têm curiosidade. Buscam respostas. Os pais nem sempre estão prontos e dispostos a conversar com os filhos sobre esses temas. Como, hoje, todas as respostas podem ser encontradas no Google, lá estão eles pesquisando o que lhes interessa. Somado a isso, os pais não entendem quase nada de internet e redes sociais. E quando conhecem, acham que só os filhos dos outros procuram páginas de conteúdo adulto.

terça-feira, agosto 11, 2009

Mulheres otimistas vivem mais e melhor

Uma pesquisa realizada por cientistas americanos revela que mulheres otimistas vivem mais. O estudo é curioso, importante. Entretanto, não é difícil concluir que pessoas que estão de bem com o mundo têm mais qualidade de vida.

Já temos dito aqui que quem vive amargurado, reclamando de tudo, quase sempre traz para o corpo uma série de problemas. E o contrário também é verdadeiro. Gente feliz consegue ter melhor controle da pressão arterial, geralmente está livre de depressão, ansiedade, estresse. Enfim, sofre menos.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Um apelo por tolerância

Vivemos um tempo em que supostamente as pessoas se respeitam mais, aceitam a diversidade, lidam bem os com os gêneros. Pelo menos este parece ser o discurso dominante. Somos todos iguais. A Constituição sustenta tal tese. Mais que a própria carta magna, há leis para garantirem o respeito ao outro. Mas existe de fato a aceitação?

Não creio nisto. Desde a infância, o diferente é agredido. Na escola, a vítima pode ser o negro, o pardo, o mais pobre, o tímido, o gordinho, o gago, o que fala errado, o que se veste “mal”, aquele que tem trejeitos e é tido como homossexual... Na verdade, passam-se as fases da vida e o comportamento preconceituoso, discriminatório só muda de lugar. Existe um abismo entre o discurso oficial de tolerância e nossas atitudes no dia-a-dia.

Egoístas como somos temos pouca disposição para aceitar o outro. Parece estar no nosso DNA o desejo de excluir. Queremos os diferentes bem longe de nós. Contudo, o mal é menor quando apenas nos afastamos. Noutras tantas ocasiões, falamos mal, caçoamos, perseguimos. Talvez por isso esteja tão na moda falar em assédio moral. E ele não acontece apenas na relação chefe-empregado. Colegas de trabalho praticam tal crime. Na infância, o termo para essa agressão é outro. Vem do inglês. Chama-se Bullying.

Uma outra forma clara da não aceitação do outro é observada na internet. Tenho dito que a rede revela o que há de mais cruel no caráter do homem. Tudo aquilo que as pessoas às vezes sentem desejo de dizer, mas não o fazem face a face, deixam extravasar em emails, comentários e textos publicados na web. É assustador.

Vejo, por exemplo, nos blogs – onde o espaço para o comentário é privilegiado -, agressões não adjetiváveis. Dá até a impressão que o autor seria capaz de praticar um ato de violência física, eliminar o outro. Chega a causar medo. Tem textos que me fazem pensar: o que uma pessoa dessas faria se estivesse num regime autoritário com o poder nas mãos?

Quando voltamos na história e apresentamos as atitudes de governantes ditatoriais, muitos ficam indignados, sentem revolta, questionam: como alguém é capaz de tal coisa? Concordo. Não é possível conceber que seres humanos torturavam seus iguais por coisas tão banais e, às vezes, por puro prazer de fazer o outro sofrer.

Entretanto, hoje revelamos a mesma face cruel em atitudes que procuramos esconder atrás de nossa máscara social. Apresentamo-nos como defensores da igualdade, da aceitação, da democracia, mas, no anonimato, ofendemos, agredimos pelo simples fato de o outro ser diferentes de nós – ou por ter opinião contrária. Na verdade, não queremos entender o outro. Desejamos um mundo desenhado à nossa maneira.

Fazemos isso, inclusive, com nossos filhos. Queremos que eles sejam como nós. Às vezes dá tão certo que a molecada reproduz nossa arrogância e despejam toda maldade contra inocentes que sequer têm a chance de se defender.

Sabe, este texto não tem a intenção de concluir nada. Apenas fazer pensar... Pensar no quanto somos mesquinhos e hipócritas. Nosso discurso é de tolerância, mas será que a praticamos? Falamos em espírito democrático, mas temos vivido a democracia?

A vida é mesmo cheia de contradições. Mas há espaço para nos tornamos melhor como seres humanos.

quinta-feira, agosto 06, 2009

É bom ficar sem fazer nada...

Ouça o programete apresentado na Rede Novo Tempo

Eles estão lá, mas nasceram no meio de nós

Quando saia para almoçar, uma mulher me abordou. Ela queria dizer que leu um texto meu no jornal. Tratava-se de um desses artigos que escrevo com regularidade. Geralmente publico no blog, no Hoje Notícias e falo no programa que mantenho em rede nacional na Novo Tempo.

Felizmente, essa senhora não foi a única pessoa que já me procurou para falar sobre essas reflexões. Do contrário, estaria um tanto frustrado. Afinal, são nesses textos que revelo um pouco do que sou, do que penso e do que entendo ser essencial para termos uma vida melhor.

É prazeroso saber que alguém gasta alguns minutos refletindo sobre a existência, sua relação com o mundo, com a sociedade, o cuidado com os filhos etc etc. Isto, a partir de um texto que você escreveu. Mas isso não é o mais importante. Entendo esse tipo de atividade como uma contribuição efetiva para a construção de um ser humano com ideais mais nobres. É uma maneira de falar ao coração.

O exercício do jornalismo é apaixonante. Entretanto, penso que não é apenas a abordagem de questões políticas e econômicas que torna a profissão relevante. Pelo contrário. A história revela que o tal do quarto poder influencia a vida humana, mas faz pouco pelos homens.

Veja o caso da política. Muitos de nós perdemos a fé nos políticos. E com razão. No Brasil, por exemplo, a pressão exercida pela mídia tem efeito próximo de zero sobre muitos deles. O senador e ex-presidente José Sarney é um deles. Poucas vezes na história do país alguém foi alvo de uma campanha tão forte da mídia. Mesmo assim, segue no poder. Seus aliados garantem sustentação.

Mais curioso é ouvir de Sarney que não há motivos para se preocupar. As classes C, D e E não sabem o que é a crise. A afirmação parece uma forma de mostrar forças, nos afrontar e dizer “estou pouco me ‘lixando’ com vocês, jornalistas”.

Situações como essa nos levam a pensar que somos muito mais úteis à sociedade quando nos colocamos a serviço do ser humano. Quando refletimos sobre solidão, relacionamentos, consumismo, novas tecnologias, educação, pais e filhos etc mexemos com a vida das pessoas. Conseguimos resultados.

Quer dizer que devemos abandonar de vez a crítica ao poder político? Não. Mas é preciso reconhecer que muitas vezes a insistência em determinados temas apenas causam desgastes desnecessários, inclusive emocionais. Afinal, como disse o Sarney, as classes C, D e E não conhecem a crise. Ou seja, estamos numa campanha perdida, já que eles continuarão no poder.

Como mudar isto? Investindo no ser humano. Gente que consegue dar conta de seus conflitos, começa se encontrar como ser humano e passa a ver o mundo com outros olhos. Talvez aí esteja pronto para abandonar a crítica vazia e assumir, com sensibilidade social, uma posição equilibrada, ética, moral que o faça não aceitar mais conviver com gente do “tipo político”, mas que só está lá, porque nasceu aqui, no meio de nós.

Leitura do dia

Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica. Porque inclinou a mim os seus ouvidos; portanto, o invocarei enquanto viver (Salmos 116:1-2).

Bom dia... Ótima quinta-feira!

quarta-feira, agosto 05, 2009

Uma música pra hoje

Semanas atrás descobri o primeiro CD de Mariana Valadão. Irmã da Ana Paula (Diante do Trono) e do André, a caçula da família fez um disco encantador. Mariana tem uma voz belíssima, suave, um timbre um pouco infantil, mas extremamente agradável. O repertório é dos melhores. Ouça uma das canções.

terça-feira, agosto 04, 2009

A música e alguns de seus efeitos

Gosto de música. Não de qualquer música. Até não tenho problemas quanto aos ritmos. Mas a ausência de uma linguagem musical rica, variada, letra criativa, me incomoda.

Numa das disciplinas que trabalho com meus alunos discuto a música sob a perspectiva estética. A gente fala muito sobre os valores musicais e sua importância como forma de refletir os valores da sociedade de uma época. Na sociedade contemporânea, é impossível não refletir sobre como as regras de mercado afetaram a produção artística.

Mas a questão da música vai além dessa coisa de ser boa ou não. Até por que há visões variadas a respeito do assunto. Tem gostos e gostos. O que me parece importante é perceber nesta arte uma ferramenta não apenas para expressar nossos sentimentos e até para filosofar. A música é um instrumento poderoso para amenizar a dor, o sofrimento das pessoas.

Cada vez mais estudos apontam que tal arte ajuda na recuperação de doentes, desperta nas pessoas o desejo de voltarem a sorrir, reduz os níveis de estresse, tranquiliza, combate a ansiedade. O detalhe é que não é qualquer tipo de música. Muito disso que anda tocando nas rádios e nos equipamentos de sons dos carros que circulam pelas cidades tem efeito inverso - geralmente alienante.

PS- Por sinal, por que quem toca músicas em alto volume sempre tem gosto duvidoso?