Gosto de música. Não de qualquer música. Até não tenho problemas quanto aos ritmos. Mas a ausência de uma linguagem musical rica, variada, letra criativa, me incomoda.
Numa das disciplinas que trabalho com meus alunos discuto a música sob a perspectiva estética. A gente fala muito sobre os valores musicais e sua importância como forma de refletir os valores da sociedade de uma época. Na sociedade contemporânea, é impossível não refletir sobre como as regras de mercado afetaram a produção artística.
Mas a questão da música vai além dessa coisa de ser boa ou não. Até por que há visões variadas a respeito do assunto. Tem gostos e gostos. O que me parece importante é perceber nesta arte uma ferramenta não apenas para expressar nossos sentimentos e até para filosofar. A música é um instrumento poderoso para amenizar a dor, o sofrimento das pessoas.
Cada vez mais estudos apontam que tal arte ajuda na recuperação de doentes, desperta nas pessoas o desejo de voltarem a sorrir, reduz os níveis de estresse, tranquiliza, combate a ansiedade. O detalhe é que não é qualquer tipo de música. Muito disso que anda tocando nas rádios e nos equipamentos de sons dos carros que circulam pelas cidades tem efeito inverso - geralmente alienante.
PS- Por sinal, por que quem toca músicas em alto volume sempre tem gosto duvidoso?
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