Blog do Ronaldo

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Queremos ser notados

Quando foi a última vez que você reparou em seu parceiro? Se for namorado ou namorada, a chance é maior disso ter acontecido recentemente. Quem sabe, ainda hoje. Há poucas horas, ou minutos.

E se for casado? Vem cá... Me conte: você notou quando ela mexeu nos cabelos da última vez?

Não tenho a intenção de fazer uma série "por que os relacionamentos morrem". Mas deixar de ver o parceiro é um outro fator que colabora para o desgaste de um relacionamento. Podem ser coisas simples. Uma blusa nova, um penteado diferente, a cor das unhas, o brinco novo. As mulheres gostam de ser notadas. Tudo que diz respeito à imagem, a aparência delas é importante. E amam quando alguém observa que há algo diferente nelas.

Os homens não se preocupam tanto com isto. É claro que alguns deles também sentem falta de comentários do tipo: "ah... gostei da sua camisa"; "que bonitos os seus sapatos", ou ainda "o que você fez nos cabelos? Estão mais bonitos!". Afinal, a vaidade também está na moda entre nós. E, convenhamos, todo mundo gosta de um elogio.

Por natureza, as mulheres são mais observadoras. Ainda esta semana estava pensando sobre isto. Voltei das férias, retornei ao trabalho e uma pequena mudança no meu visual foi notada basicamente pelas garotas. Elas batem os olhos e já sabem o que há de diferente. E o melhor: falam, comentam, elogiam. Em alguns momentos, é o tipo de coisa que a pessoa precisa ouvir, até para se sentir importante.

Para certos homens isto parece "frescura". Argumentam: "que importância tem a cor do cabelo dela? Por que preciso notar que minha mulher pintou de novo os cabelos? Ou mexeu nas franjas?". Entretanto, volto a dizer, fazer esse tipo de observação mexe com o ego, valoriza a mulher, revela que cada pequena atitude da parceira tem valor para ele.

Como os homens têm uma visão macro, são racionais demais, não se ligam nos detalhes, essa tarefa parece ser das mais difíceis. Mas dá para aprender. Vale treinar. Ficar atento. Tirar os olhos da tevê, do jornal, desligar-se por alguns segundos dos problemas, do trabalho, das preocupações com o dinheiro e olhar. Olhar para quem está do lado. Reparar na roupa que ela está usando, como começou o dia, como preparou a mesa do café.

Sabe, isto vale não apenas para as relações amorosas, para os casais. Ter um olhar mais atento, ver as pessoas, colegas de trabalho, amigos, gente próxima e até que não é tão íntimo, ajuda a aproximar, abrir caminhos, ganhar a confiança, conquistar. Todos querem ser notados. Quando notados, sentem-se vivos, importantes.

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segunda-feira, janeiro 25, 2010

Na segunda, uma música

Quero compartilhar uma música maravilhosa de Amy Grant. A cantora americana é uma das mais premiadas artistas da música cristã contemporânea. Além de grande intérprete, é uma respeitada compositora.
A canção que escolhi é bastante conhecida, "Father's Eyes". Não revela toda a arte de Amy Grant. Há músicas ainda mais belas. Mas esta tem um significado especial pra mim.

Ela começa dizendo:

Eu posso não ser tudo o que mamãe sonhou pra sua garotinha

E meu rosto pode até não agradar a todo mundo
Mas, tudo bem. Enquanto eu puder por um desejo vou orar
E, ao falar dessa oração, revela que seu maior desejo é ouvir as pessoas dizerem:

Ela tem os olhos do Pai, os olhos de seu Pai.

Olhos que encontram o bem nas coisas, quando o bem não é evidente
Olhos que encontram um modo de ajudar, quando a ajuda não pode ser achada
Olhos cheios de compaixão, que enxergam toda dor
Conhece o que você está passando, e tem o mesmo sentimento.
Aqui, você assiste Amy Grant numa versão acústica - voz e violão.


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Para conhecer mais sobre a cantora e compositora, acesse o site dela.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Por que os relacionamentos morrem?

Não há resposta simples. Há várias possibilidades. Entretanto, um motivo em especial me chama a atenção: o abandono da relação. Os relacionamentos esfriam e morrem quando são ignorados por um ou ambos os parceiros. Se o fogo não é alimentado, a chama se apaga.

 

Gosto de pensar a relação como uma pequena fogueira. Entendo a metáfora como apropriada. Afinal, no local onde há fogo, minutos antes existiam apenas alguns pedaços de madeira – ou nem isso. E as chamas de um instante para o outro podem se tornar apenas cinzas. O que determina a manutenção delas é o cuidado para que não falte combustível.

 

Assim funcionam os relacionamentos. Duas pessoas se conhecem e, quando isso acontece, se algo desperta atenção de uma delas, inicia-se um processo de conquista. Pequenas – ou grandes - atitudes tentam aproximar, chamar atenção e despertar o sentimento do outro. Sentimento este que pode, inicialmente, ser apenas de atração, mas que eventualmente se torna paixão ou amor.

 

A conquista é uma fase maravilhosa. Vale tudo para se chegar ao coração. As palavras, os gestos, os olhares... Tudo parece meticulosamente pensado. Claro, as ações nem sempre são conscientes. Mas há uma vontade, um desejo que as move. Essas atitudes têm um objetivo. Por isso, é necessário se esforçar. Há um envolvimento nessa “tarefa”. Pensa-se, discute-se, sonha-se sobre o assunto. Ninguém conquista nada e nem ninguém de braços cruzados.

 

Entretanto, curiosamente, a maioria das pessoas se dá por satisfeita quando alcança seu alvo. Se a intenção era conquistar o coração de alguém, iniciada a relação, passa-se por um período de euforia (motivado pelo sentimento de vitória, de realização), e aos poucos se entra numa nova fase. Mais calma? Não diria. Diria que se trata de uma fase de acomodação. Acomodação que pode resultar no abandono da relação.

 

Por que as ligações para o parceiro não são feitas com a mesma intensidade? Por que os recadinhos deixados sobre a mesa – ou na caixa de mensagens, no celular, enfim... – simplesmente desaparecem? Por que os presentes se tornam tão escassos? Por que os elogios, as palavras de carinho são substituídos pelo silêncio ou até mesmo por críticas e agressões verbais?

 

Somos mesmo seres muito complexos. Nosso comportamento sugere que acreditamos na máxima de que “uma vez conquistado, para sempre conquistado”. Mas não funciona assim. Não somos assim. As atitudes que encantaram na fase da conquista não podem jamais ser negligenciadas. Foram elas que aproximaram duas pessoas e despertaram o sentimento tão especial que fez com que desejassem se entregar e estarem juntas.

 

Sabe, conheço pessoas que até tentam manter as mesmas ações, gestos e palavras. Mas aos poucos se tornam tão mecânicas que o “eu te amo”, “te adoro”, “te quero” passaram a soar como obrigação. Falta sentimento, falta verdade. Há um esquecimento de que a relação se renova com a capacidade de surpreender, fazer novo, diferente a cada dia.

 

Só quem descobre que a vida do relacionamento se dá num exercício diário é capaz de ser feliz.

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segunda-feira, janeiro 18, 2010

Na segunda, uma música

Tenho tentado trazer aqui, às segundas-feiras, uma música que seja significativa pra mim. Hoje, apresento uma banda cristã de rock formada por três irmãs. Rebecca, Alyssa e Lauren Barlow formam a Barlow Girl. Essas jovens têm várias canções belíssimas. Uma delas fala muito ao meu coração. Trata-se de Beatiful Ending. A música revela a tragédia que se tornou a vida humana tendo perdido Deus como referência de tudo. Aponta que nos esquecemos que não somos nós, mas Ele é quem faz o coração bater. E me encanta quando diz:

<em>Então me diga
Qual é o nosso final?
Será que vai ser bonito
Tão bonito?
Será que a minha vida
Encontra o seu lado?</em>

Creio que vale a pena ouvir. E caso queira refletir na poesia da música, aqui está disponível a letra original e sua tradução.

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PS- Caso queira conhecer mais sobre o grupo, veja aqui. E aqui a música de maior sucesso da banda.

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sexta-feira, janeiro 15, 2010

Construindo o futuro

Ando meio sumido... Os textos, escassos. Clima de férias? Sim. E mais que isso. Considero os últimos dias de dezembro e os primeiros de janeiro essenciais para definir como essenciais para definir a vida ao longo de todo um ano. Verdade que é impossível prever tudo. Não dá sequer para traçar com exatidão como será a próxima semana. Os próximos 12 meses? Seria muita pretensão. Ainda assim, é tempo de avaliação. E nada melhor que permanecer introspectivo, ouvir mais que falar, sentir mais que tocar.

No último dia de 2009, postei no blog um texto com o título “2010. Somos nós que construímos”. Uma amiga elogiou a abordagem e apontou que se tratava de uma reflexão consciente para aquele momento. O melhor texto que tinha lido na passagem de ano. Achei exagerado, mas fiquei honrado com o comentário. O motivo é bastante simples: não adiante esperar que caia do céu o ano que desejamos. Nós temos o dever de torná-lo especial, único e de grandes conquistas.

Se notarmos, o que estamos vivendo hoje não é muito diferente do que experimentamos dias atrás quando ainda estávamos em 2009. Isto quer dizer que 2010 é apenas continuidade da vida que já tínhamos. O fato de encerrarmos um ano e iniciarmos outro significa mudança se ela acontecer dentro de nós. A diferença do calendário só se dá na prática se construirmos as mudanças que desejamos. Como havia dito no post, a passagem de ano é simbólica. Podemos tornar especiais os próximos dias do ano novo ou simplesmente repetir tudo que fizemos em 2009. A escolha é nossa.

Se nossa atitude em relação a 2010 for positiva, poderemos construir um ano marcante, transformador – para nós e para as pessoas que nos cercam. Não é o ano que nos presenteia com coisas boas. Somos nós os responsáveis por fazer de 2010 um ano espetacular. Esperar que 2010 nos traga vitórias, abrindo mão de lutar por elas, é abdicar da oportunidade que nos é dada de experimentar a vida plenamente.

Aprendi um pouco mais sobre isto nessa última semana. Passei alguns dias longe de tudo, numa fazenda. O proprietário é um produtor de soja. Fiquei admirado da loteria que ele vive a cada ano. De olho no tempo, esperando a chuva no tempo certo, a aposta por uma boa safra é milionária. Confesso que teria dificuldade para viver como vivem os agricultores. Eles prepararam a terra, plantam, cuidam da lavoura e aguardam... Aguardam pela água, pelo sol, pela temperatura adequada. Se um desses fatores não corresponder à expectativa, a colheita pode ser um fracasso.

Foi isso que aconteceu na safrinha (no meio do ano). Na região onde mora esse fazendeiro, ele e outros produtores tiveram prejuízo. Ficaram com dívidas. Muitas dívidas. Mas não desanimaram. Apostaram mais uma vez, trabalharam firme, o tempo tem colaborado e tudo leva a crer que a safra será recorde. Pude notar que não há agricultor pessimista. As contas serão pagas e novos projetos estão sendo feitos.

Por que isto? Simples. Ninguém está esperando apenas pelos céus. Eles sabem que são sujeitos da própria história. Se ficarem de olho no tempo e abrirem mão de fazerem a parte deles, a chuva poderá vir, o sol aparecer, mas a semente não irá germinar, as plantas não crescerão e o sucesso será apenas um sonho.

Compreendi com esses homens do campo as verdades do texto que postei no blog. Nós construímos o futuro. Então, o que estamos esperando?

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quarta-feira, janeiro 06, 2010

Na segunda, uma música

Tudo bem... Hoje não é segunda. Mas quando a gente está de férias, qualquer dia é dia. E para manter o hábito, publico hoje a música que queria ter apresentado segunda-feira.

A canção é maravilhosa... Fala da certeza que existe Alguém que sempre está por perto pra ajudar. Fala desse Alguém capaz de nos tomar pelos braços. "Promise of a lifetime", da banda Kutless, trata dessa relação entre o homem e Deus. E da música como forma de expressar a dor, a tristeza, a angústia humana. Vale a pena ouvir.

Aqui, um vídeo produzido por um brasileiro com a canção e sua tradução.

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Mas quem quiser ver um acústico da banda, gravado de forma amadora, pode clicar aqui.

Há várias outras canções dessa banda cristã de rock que são especiais. Também gosto muito de Smile, principalmente por sua letra que resume algo simples e poderoso: "um sorriso diz tudo".

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