Hoje é o penúltimo dia da Semana de Oração com o pastor Paulo Melo, na Igreja Adventista Central de Maringá. Ele prefere chamar de projeto, a Oficina do Coração. Concordo com ele. Não temos uma semana tradicional de oração. É algo bem distinto, ousado, surpreendente.
A igreja está lotada todas as noites. Não lotada nos termos que a gente geralmente conhece. É algo incomum. Tem telão no salão jovem, gente em pé, outras tantas pessoas sentadas no chão para acompanhar a programação. Um belo espetáculo de fé.
Com exceção de terça-feira, tenho acompanhado os cultos e participado diretamente, já que ministro o louvor. Às 19h30, a igreja está repleta. É quando começamos a cantar. E o público responde. Algo fantástico. Afinal, é sofrido conduzir o louvor em dias normais. Parte do público geralmente é apático e quase não se envolve com a adoração. Às vezes, tenho a impressão de ter um enorme peso das costas. Saio do púlpito com dores. Mas nesta semana tem sido diferente. Ninguém reclama da música empolgante e ritmada e muito menos de o culto ter mais de duas horas de duração. Ontem, por exemplo, terminou 22h20.
Confesso que gostaria de ver na minha igreja comportamento semelhante se reproduzindo após o fim desse projeto. Fico imaginando como será o culto do próximo domingo, quando estivermos no ritmo normal. Será que as pessoas cantarão com a mesma vibração? Dirão amém a cada afirmação do pregador?
Também no domingo estarão de volta ao culto nossos irmãos mais tradicionais. Eles estão ausentes nesta semana. Não aparecem. Devem estar incomodados com tudo que está acontecendo. Devem preferir ficar em casa, longe do barulho das músicas, dos sermões ousados, dos jovens mormóns apresentados como exemplos de envolvimento no evangelismo, dos vídeos com famosos.
Alguns acham que há muito espetáculo e pouca mensagem. É verdade. O pastor Paulo tem promovido um grande espetáculo. Mas noto que em meio a tudo que ocorre, ele apresenta a Bíblia e mensagens duras que geralmente têm sido evitadas em nossos púlpitos. Por isso, vemos tantas decisões. Na última quarta-feira, por exemplo, foram cerca de 50 pessoas que aceitaram o convite - não apenas de entregarem a vida a Jesus, mas mostraram-se dispostas a passar pelo batismo.
É uma verdadeira revolução. Volto a dizer, espero que venha para ficar. E nossos irmãos defensores da fé apática possam também experimentar algo novo na relação com Deus.
Foto: Dina Karla (ANP)
Um comentário:
É verdade mesmo Ronaldo, em um ano que sou menbro não tinha visto ainda a Igreja tão lotada. Eu acredito que os que foram não se arrependeram, por que as mensagens abordaram assuntos que muitos pais, tenho certeza, irão refletir muito sobre "O que seus filhos estão assistindo na tv, e muitos outros que seria muito importante que os pregadores abordassem sem medo de atingir quem quer que fosse.
Adorei a semana de oração.
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