Recebi esta semana uma ligação. Estranha, preciso reconhecer. Do outro lado, um homem falava sobre um texto que escrevi a respeito dos divórcios, separações. Ele parecia abatido. Tinha lido meu texto e queria falar sobre o assunto. Leu meu texto na internet. Era de São Paulo. Mas não consegui atendê-lo. A ligação no celular estava ruim. Não pude ouvi-lo, conversar sobre suas queixas.
Entretanto, entendi que ele queria que eu falasse mais sobre divórcio. Após desligar, fiquei imaginando… O que homem precisava? Estaria desesperado? Estaria pensando em se separar? Será que seu casamento já acabou? Não tenho as respostas. Mas sei que milhares de famílias estão se desfazendo todos os dias. São homens e mulheres que sonharam ter uma vida feliz, mas encontraram desilusão.
Tenho uma visão conservadora a respeito dos casamentos. Penso de acordo com os princípios bíblicos. Creio que duas pessoas devem se unir por amor e se tornarem um só ser. Por isso, defendo que a decisão de se casar seja um ato racional, responsável, consequente. Afinal, ninguém é obrigado a subir ao altar. Trata-se de uma escolha. E escolhas não se fazem de afogadilho.
Contudo, nem sempre é assim que acontece. Tem gente que namora dez anos. O casamento não dura seis meses. Talvez por que, muitas vezes, toma-se a decisão já imaginando: “se não der certo, separo”. É um direito. A lei permite. Até mesmo Cristo reconheceu o direito ao divórcio. Mas o que me impressiona é a incapacidade de alguns de exercitar a paciência e pôr em prática o amor.
O casamento pode ser qualquer coisa, menos algo fácil. Homem e mulher são diferentes por natureza. Num relacionamento, outras diferenças aparecem. São aquelas originadas na formação de cada um. Coisas simples… Por exemplo, um tem o hábito de tomar café pela manhã; o outro não. Um costuma jantar – arroz, feijão, carne, salada etc. O outro prefere um lanchinho.
Tem aqueles que são organizados. Separam meias, camisas, blusas, cuecas, calcinhas por cor. Os sapatos ficam divididos entre os de uso para o trabalho, para ocasiões informais, para festas… Já o conjugê é daqueles que vê problema em deixar tudo misturado. Esquece a toalha molhada por sobre a cama, bebe água na boca da garrafa…
Sabe, geralmente são as pequenas coisas que destroem um casamento. As pequenas diferenças, com o tempo, tornam-se irreconciliáveis. Chega um ponto que um não tolera o outro. As brigas ficam cada vez mais frequentes e as separações, inevitáveis.
É a solução? Depende. Acontece que na maioria das vezes os problemas que motivaram a separação acompanham os sujeitos. A pessoa sai do casamento, mas leva consigo o egoísmo, a intolerância, a mesquinhez e todos os outros sentimentos que não permitiram o sucesso da convivência a dois.
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