Abaixo, o texto que vai ao ar no próximo programa.
Dia desses falei aqui sobre os riscos da divulgação de nossa intimidade na internet. O assunto é mesmo sério, complexo. Afinal, ninguém está isento de se tornar vítima na rede mundial de computadores. Dependendo da situação, há risco inclusive de desmoralização. Não há privacidade. Famosos e não famosos, gente importante ou anônima podem ter suas histórias exploradas na rede.
Tempos atrás uma mulher fez uma fotografia da família. Nada demais. Apenas uma bela imagem. Ela colocou numa das redes sociais. A imagem estava aberta. Qualquer pessoa podia vê-la. Meses depois, essa senhora fez uma viagem. Foi até outro país. Enquanto fazia compras num supermercado foi surpreendida… Encontrou a foto da família dela no anúncio de um produto.
Felizmente, foi algo sem grandes consequências. Embora o uso da foto, sem autorização, seja passível de uma discussão judicial – com direito à indenização -, essa mulher não sofreu perdas. A família não sofreu uma exposição vergonhosa.
Mas nem todos os desfechos são semelhantes. Talvez você até conheça história de famosos brasileiros que já tiveram suas fotos usadas, criminosamente, em materiais de divulgação de pornografia. Luma de Oliveira foi uma das vítimas. Juliana Paes, também. A atriz global chegou a estampar a capa de um filme pornô.
Na verdade, as diferentes ferramentas tecnológicas acabaram com a privacidade. Alguém que esteja passeando na praia pode ter sua foto, um vídeo seu, divulgado na internet. Isto, sem que a pessoa saiba. Que o diga Daniela Cicarelli… A modelo e apresentadora foi pega numa situação constrangedora, íntima. A gente pode até argumentar: isso não é o tipo de coisa que se faz numa praia. Mas mesmo quem não está fazendo absolutamente nada semelhante a Cicarelli pode ser vítima da rede.
Por exemplo, tem gente que não se sente confortável diante das câmeras. Acha que está gordo, não gosta do nariz, tem vergonha da careca… Enfim, um amigo, colega ou conhecido pode fotografá-lo e expor sua imagem nas redes sociais. A performance num salão de festas e até na igreja, muitas vezes, é alvo das câmeras digitais. Em pouco tempo o vídeo estará no Youtube. Para o bem ou para o mal.
A desastrosa apresentação da Vanusa ao cantar o Hino Nacional é uma prova concreta de que não há limites na internet. Tivesse acontecido anos atrás, o máximo que teria ocorrido à cantora seriam algumas notas nos jornais locais, um ou outro comentário. Passado algum tempo, a própria Vanusa poderia citar o fato como uma de suas maiores gafes nesses programas com famosos. Ficaria nisso. Entretanto, a cantora virou alvo de chacota. Tudo porque a rede não conhece limites.
Por isso, o mais recomendado ainda é: não faça nada que possa lhe trazer constrangimento ou vergonha. É difícil alegar inocência. Estamos sendo vigiados. Há câmeras por todos os lados. Não devemos ficar paranóicos, mas é preciso reconhecer que, hoje, não apenas nossas “quedas” ou “trombadas” têm chance de ficar “famosas” nas Vídeo Cassetadas do Faustão.
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